sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Câmara estuda mudanças na Rua Bela de São Tiago (Funchal)

A avançar, terá sentido único e passeio







A Câmara Municipal do Funchal (CMF) está a estudar uma possível intervenção na Rua Bela de São Tiago, a qual, a avançar, irá trazer mudanças significativas naquela artéria da cidade.
As obras, a irem para a frente, deverão passar pela retirada de uma faixa de rodagem, passando a rua a ficar apenas com um sentido, e pela construção de um passeio, para que os peões possam ali circular mais cómoda e livremente.
«Estamos a estudar, é uma hipótese», adiantou ao JORNAL da MADEIRA o vice-presidente da autarquia funchalense, acrescentando que o estudo deverá ficar concluído até ao final deste ano e que «a fazer essa obra, é uma obra que será feita em dois, três anos».
Bruno Pereira lembrou que esta é uma rua sem passeios e já consolidada com habitação permanente dos dois lados da via. Sendo grande parte desta habitação antiga, quando foi construída não foram exigidos recuos para a construção de passeios, algo que já é tido em conta nas novas construções. Como tal, apontou, «é impensável dizer que nos próximos dez anos todos os edifícios vão ser reconstruídos e que vamos conseguir um passeio», pelo que «a forma de o fazer então aparecer aí seria retirar uma faixa de rodagem e colocar um passeio». O responsável pelo pelouro do Trânsito referiu que de acordo com o estudo que está a ser feito, mais concretamente no que se refere às contagens, «temos maior número de carros a descer do que a subir», pelo que avançando as obras, a Rua Bela de São Tiago deverá passar a ter apenas o sentido descendente.
O trânsito ascendente, por seu turno, passaria a ser feito pela Saída Leste, a qual mantém os dois sentidos. «Só agora, depois da inauguração recente desta via (Saída Leste), é que esta questão pode ser ponderada, porque até aí era impossível. Não havia alternativas, a Conde Carvalhal estava bastante congestionada e se fizéssemos (a intervenção) na Rua Bela de São Tiago do ponto de vista de trânsito era muito mau», sustentou Bruno Pereira.
O vice-presidente da CMF frisa que a grande limitação prende-se com os transportes públicos que usam a referida via, sendo necessário criar alternativas para que não haja constrangimentos a este nível.
O nosso interlocutor justifica esta possível intervenção, que passa pelo estreitamento da Rua Bela de São Tiago, ficando a mesma com sentido único, e pela criação de espaços pedonais (passeio), com o facto de esta ser uma artéria muito movimentada e onde estão concentrados diversos serviços, entre os quais o Liceu, a Escola Profissional Atlântico, a Escola de São Filipe, a do Aspirante Mota Freitas, serviços públicos, hotéis, o parque de estacionamento da Forca e uma creche por cima do mesmo. «Há ali muitos serviços públicos com crianças e realmente o passeio era importante», sublinhou.
Bruno Pereira frisa que «se tivéssemos largura suficiente da via estava feito já», mas, acrescentou, «como não temos, é necessário tomar uma decisão que é difícil. Temos vindo a estudar da melhor maneira, mas é algo que esperamos este ano concluir e, a fazer essa obra, é uma obra que será feita em dois, três anos».



Jornal da Madeira

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