quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Novo espaço de acolhimento nocturno (Funchal)









No final deste ano, será inaugurado um novo espaço de acolhimento nocturno da Associação Protectora dos Pobres, o qual terá uma maior capacidade para acolher pessoas sem abrigo.
A notícia foi avançada, ontem, pela deputada do PSD-M Sara André numa conferência de imprensa onde o Grupo Parlamentar do PSD-M enalteceu o trabalho desenvolvido pela instituição. Sara André sublinhou que esta será uma nova unidade de apoio complementar com maior capacidade para dar resposta a esta problemática e frisou que de 13 camas actualmente existentes passar-se-á a 26, e de duas de emergência passar-se-á para quatro. De acordo com a deputada, este espaço, representa uma "resposta bastante significativa tendo em conta a realidade da Região".
Sara André afirmou que há que distinguir as pessoas que recorrem aos serviços ali prestados - alimentação, lavandaria, aconselhamento, possível integração na socieddae através da procura do próprio emprego e a definição de competências sociais - daquelas que "não têm onde viver e que precisam exactamente de um tecto e que têm como principal apoio o centro de acolhimento". Neste sentido, afirmou que "apesar de verificarmos, por dados estatísticos, que as pessoas que recorrem aos serviços não têm aumentado (o que tem acontecido é que se calhar recorrem a mais serviços que são prestados por este centro), no que diz respeito às pessoas que precisam de outro tipo de apoio, nomeadamente de um acolhimento nocturno, obviamente ao longo dos anos tem havido algum crescimento, embora não significativo, mas é preciso também adequar os espaços que já existiam há muitos anos para a nova realidade". Daí a aposta no novo espaço.
No ano em que se comemora o Ano Europeu de Combate à Pobreza e à Exclusão Social, é intenção do Grupo Parlamentar do PSD destacar o trabalho deste tipo de associações, neste caso a Associação Protectora dos Pobres, bem como também pelo próprio Governo Regional no que concerne a medidas de apoio a este tipo de pessoas. Neste âmbito, fez especial referência ao Plano Regional para os Sem Abrigo, o qual "faz claramente um diagnóstico das pessoas com esta problemática na RAM e visa traçar um conjunto de iniciativas que serão desenvolvidas de 2009 a 2011 no sentido de atenuar e apoiar pessoas com esta problemática, como forma também de combater a exclusão social e integrá-las na sociedade".
No caso da Associação Protectora dos Pobres, embora seja uma instituição sem fins lucrativos e particular, disse que tem um grande apoio por parte do Executivo madeirense, "caso contrário seria quase impossível conseguir sobreviver". Enalteceu também o apoio que é dado por empresas locais, bem como pessoas individuais, que dão também o seu apoio, e apelou a que as pessoas sejam solidárias.
Sara André sublinhou ainda que outro dos grandes esforços por parte desta associação é a tentativa de integração social e no mundo laboral destas pessoas e apelou às entidades patronais no sentido de, pelo facto de as mesmas estarem naquela instituição, não serem “preteridas” nem serem “sujeitas a algum tipo de discriminação”.
A deputada apontou ainda o dedo ao facto de a RAM ter recebido apenas cerca de 9.000 euros para a realização de actividades no âmbito do Ano Europeu de Combate à Pobreza e à Exclusão Social.



Jornal da Madeira

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