segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Números comprovam o Carnaval como cartaz

Secretária regional do Turismo e Transportes não tem dúvidas







A A secretária regional do Turismo e Transportes não tem dúvidas de que o Carnaval constitui um dos importantes cartazes turísticos da Região. Conceição Estudante diz que os números assim o demonstram.
Tal como afirmou Conceição Estudante, «muito mais que esgrimir argumentos de opinião, em que somos a favor, ou que somos contra, nestas questões relacionadas com o turismo e com a promoção turística, é muito mais eficiente e mais lógico, nós olharmos para os números, porque eles falam por si».
Conforme referiu, «se olharmos para as taxas de ocupação dos períodos de Carnaval na hotelaria madeirense e vermos o que é que acontecia antes deste evento acontecer e o que foi a evolução do fim-de-semana de Carnaval em termos de ocupação hoteleira, julgo que fala por si».
Por isso, segundo a governante, não faz sentido estar a considerar se é cartaz ou não. O que é certo, disse Conceição Estudante, «é que se trata de um evento que funciona. A par de todos os outros eventos que foram criados e que estão ter cada vez maior visibilidade».
Segundo Conceição Estudante, «o nosso objectivo nem é, sequer, discutir se o Carnaval é, ou não é, um evento. Porque ele é, indiscutivelmente, um evento, pese embora as controvérsias que se queiram criar. Ele é, efectivamente um evento, é um evento com características de visibilidade internacional, que faz parte de um calendário que já é conhecido por todos os operadores e por todos aqueles que trabalham com a Madeira em matéria de turismo».
Neste momento, de acordo com a secretária regional do Turismo e Transportes, «a preocupação é manter esse cartaz com qualidade, enriquecê-lo e dar a conhecê-lo a um número cada vez maior de potenciais visitantes. Tudo o resto, todas as controvérsias, são já matérias ultrapassadas e, por isso, não vale a pena perdermos mais tempo com elas».
«O nosso trabalho — prosseguiu Conceição Estudante — é promover este produto junto dos potenciais emissores de turismo para a Região. O que nos importa, a nós que temos a obrigação de promover, de vender e divulgar estes produtos, é aumentar a sua visibilidade e aumentar a sua capacidade de captação».
Referindo-se à relação entre o sector privado e sector público, em matéria de promoção deste e de outros eventos, Conceição Estudante diz que «os governos têm uma responsabilidade e uma competência que é de criar condições para que o negócio se faça. Criar condições para que um determinado sector, que tem um potencial de criação de riqueza, possa exercer da melhor forma essa sua competência e a sua vocação. E é isso que o Governo Regional fez ao longo destes anos e continua a fazer, que é criar condições para que o sector turístico da Madeira se desenvolva».
Porém, ressalvou Conceição Estudante, que quando se refere ao “nós”, não é apenas Governo, «porque todos os hoteleiros e todos os agentes de viagens hoje em dia potenciam e valorizam este evento. Quando estão fora — como aconteceu na semana passada em Madrid — procuram vender o Carnaval, mas estão também a vender a Festa da Flor, estão a vender todos os eventos que a Região criou e consolidou».
A este propósito, a secretária com a pasta do Turismo recorda a missão da Associação de Promoção da Madeira, «que reúne o sector público e o sector privado em objectivos que são comuns, que são partilhados e que são desenvolvidos em conjunto. Por exemplo, a promoção desenvolvida no mercado espanhol é agilizada e posta em prática, através da Associação de Promoção da Madeira. E não há barreiras, nem há uns num lado e outros no outro. Estamos todos a trabalhar no mesmo sentido. Cada qual com o seu papel, cada qual com a sua responsabilidade, cada qual a fazer aquilo que lhe compete fazer. Uns a divulgar e a criar novas ferramentas de trabalho que são abrangentes, que são, no fundo, denominadores comuns a todos os agentes produtivos e os outros, cada qual, a vender os seus produtos de uma forma equilibrada e que nós queremos continuar a sustentar».

Processo da qualidade é inevitável e indispensável

Segundo Conceição Estudante, neste momento, uma das preocupações do Governo é manter e desenvolver a qualidade de todos os produtos da Madeira que são postos no mercado. Esse é que é o grande objectivo: é que todos os agentes do sector assumam o processo da qualidade como um processo incontornável, um processo inevitável e um processo indispensável para a presença contínua da Madeira nos mercados internacionais, de uma forma competitiva, de uma forma que lhe dá identidade, que lhe dá singularidade e que é, no fundo a sua grande defesa em momentos como aqueles que vivemos no ano passado e que, apesar de tudo, conseguimos fechar o ano, provavelmente, com os 55%, ou mais, que tínhamos nos mês de Setembro/Outubro, em termos de taxa de ocupação e com valores de receitas que estão ao nível do ano de 2007».
Em seu entender, este resultado fica a dever-se «às nossas características, à fidelização dos nossos clientes e também a orientação que foi dada ao turismo interno fez com que a Madeira tivesse uma capacidade de resistência, apesar de ser um destino pequeno, tem de continuar a garantir no futuro».



Jornal da Madeira

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