domingo, 24 de janeiro de 2010

Madeirense nomeado para prémio de vinhos

Américo Pereira aparece ao lado de nove especialistas de todo o país






Américo Pereira é um dos especialistas vinhos nomeados para o prémio NS’ Vinho, que distingue a personalidade do ano nesta área. Ao lado do escanção madeirense, que trabalha nos Diogos/Vinhos Barbeito, estão outros nove entendidos no assunto, alguns de renome nacional.
Contactado pelo JORNAL da MADEIRA, Américo Pereira diz que foi com alguma surpresa que viu o seu nome aparecer na lista dos candidatos para o NS’ Vinho, uma iniciativa levada a cabo pelo Dário de Notícias e cujo resultado deverá ser anunciado no próximo fim-de-semana.
Na lista, que ontem foi publicada na revista NS do Diário de Notícia, Américo Pereira é destacado, mais do que a formação de escanção, «pela relação directa com a gestão entusiástica e cativante da Garrafeira Diogos, no Funchal, que celebrou, em 2009, 20 anos de portas abertas à promoção, prova e educação vínicas».
Américo Pereira, que ficou contente com a sua nomeação, não só a título pessoal, como para a empresa que representa e para o seu grupo de trabalho. Por outro lado, o escanção madeirense considera que é importante que a Madeira também esteja representada neste tipo de eventos relacionados com o vinho. Até porque, tal como afirmou, temos um dos vinhos mais emblemáticos de todo o mundo.
Em seu entender, o vinho — sobretudo o vinho de mesa — tem vindo a ganhar maior notoriedade junto dos madeirenses. Entre os aspectos que Américo Pereira destaca está a média de idades das pessoas que apreciam o vinho. Segundo referiu, há cada vez mais jovens a procurar vinhos e a ter uma maior sensibilidade e a manifestarem interesse pela cultura vínica.
Neste momento, segundo referiu, há uma faixa de jovens, com idades compreendidas entre os 20 e os 30 anos, que antes não consumiam vinho e que, agora, «começa a notar-se algum interesse, começam a procurar conhecer um pouco mais». Por outras palavras, tal como nos explicou, além das pessoas que já apreciavam os vinhos, de faixas etárias superiores, é na faixa etária entre os 20 e os 30 que o crescimento é mais notório.
Hoje, tal como afirmou, «é cada vez mais frequente as pessoas pedirem apoio na escolha dos vinhos. Pedem-nos sugestões, pedem apoio, por exemplo, para variar a sua escolha de vinhos para consumo com os amigos, ou num ambiente familiar. Nós sentimos, em especial nos últimos cinco ou seis anos, uma maior ligação ao vinho».
Em seu entender, «a Madeira, no mercado nacional, tem uma forte ligação ao vinho. De uma forma geral, os enólogos, os produtores, que produzem vinhos portugueses com qualidade todos querem estar presentes na Região, porque sabem que nós temos uma cultura vínica acima da média nacional».
Sobre as funções de um escanção, Américo Pereira diz que tem a seu cargo a gestão de várias garrafeiras particulares. Pois há pessoas que têm vinhos em casa, mas não sabem quando abrir, se está bom, como é que devem guardar, como e quando é que devem de abrir, são pormenores para os quais me pedem ajuda». Porém, essa ajuda não se aplica apenas aos particulares, mas também à restauração e hotelaria, «procurando dar um equilíbrio e a oferta final seja completa».
No fundo, tal como sintetizou, «a função de um escanção passa, um pouco, por conhecer bem o vinho, o produto, saber as histórias ligadas ao vinho. Por exemplo, quando compro um vinho novo, gosto de saber quem fez, com que castas foram feitas, qual foi a fórmula que o enólogo usou. Por isso, temos muitos contactos com produtores, com pessoas que estão ligadas à produção dos vinhos. E tudo isto nós tentamos passar aos nossos clientes e temos muito maior prazer quando consumimos um vinho que tem uma história e tem um conhecimento, um pouco mais para além do que o próprio vinho».



Jornal da Madeira

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