terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Nenhum governo se demite por 0,05%


Alberto João Jardim não comenta abstenções


«Nenhum governo no mundo se demite por causa de 0,05%». Quem o disse ontem ao JM foi o presidente do Governo Regional, fazendo referência que esse é o montante referente ao “regresso” da Lei de Finanças Regionais ao quadro anterior. Acentua que se tal acontecer será devido a «uma doença do foro psíquico. Mas isso não é em sede de Orçamento que se trata».



O presidente do Governo Regional da Madeira diz não querer dizer, para já, se considera ou não uma decisão acertada a viabilização da proposta de Orçamento de Estado para 2010, por via da abstenção anunciada pelo PSD e pelo CDS-PP.
Em declarações feitas ontem ao Jornal da Madeira à entrada para o jantar de encerramento da FIC 2009, organizado no Hotel Tivoli Madeira pela ASSICOM evidenciou que não existem razões para a ameaça do primeiro-ministro e do ministro das Finanças de que se demitiriam se a Lei de Finanças Regionais fosse aprovada.
O governante sublinhou que a Lei de Finanças Regionais, «considerando que o Orçamento deste ano terá o mesmo nível de despesa do ano anterior, que não tem, porque será mais, a reposição da Lei anterior - e não é de mais dinheiro para a Madeira, ao contrário do que a propaganda está a fazer passar – significa 0,05% na despesa e 0,04% do PIB».
Chama à atenção para o facto de Portugal estar sob vigilância financeira internacional, «tal como estava na I República, se um governo se demite por causa de um aumento de 0,05%, quando só a despesa com a televisão ou a TAP e muitas outras coisas, é superior, vão dizer lá fora que isto é um país de loucos. Nenhum governo no mundo se demite por causa de 0,05%».
Neste quadro, não vê razões agora para que também o governo não aceitar a alteração à Lei de Finanças Regionais. «A não ser que se trate já de uma doença do foro psíquico. Mas isso não é em sede de Orçamento que se trata», remata.

Jardim presente no Conselho Nacional do PSD

Em resposta à questão se iria estar presente no Conselho Nacional do PSD, a realizar no próximo dia 12 de Fevereiro, disse que vai lá estar.
Finalmente, quanto ao comentário de Luís Filipe Menezes que diz ter a convicção de que Passos Coelho vai ser o próximo líder do PSD, refere que ele «diz coisas, tal como o faz toda a gente. Deixe-os dizer».




Jornal da Madeira

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