sábado, 30 de janeiro de 2010
Inaguração das obras de modernização e aumento das instalações da Empresa Nunes e Freitas, Lda - Ovo Girão
O Presidente do Governo, no dia 29 de Janeiro de 2010, pelas 16 horas, inaugurou as obras de modernização e aumento das instalações da Empresa Nunes e Freitas, Lda - Ovo Girão, na freguesia da Quinta Grande, Concelho de Câmara de Lobos e na freguesia do Campanário, Concelho da Ribeira Brava.
As obras agora inauguradas são constituídas pela construção de dois novos pavilhões avícolas e pelo aumento e modernização da área administrativa e social, áreas de classificação e embalamento de ovos (Centro de Classificação de ovos) e ainda serviços de apoio ao pessoal, como cantina e balneários, que dotam a unidade produtiva de todas as condições e exigências em matéria de bem-estar animal, segurança alimentar, normas ambientais e ainda das melhores condições de trabalho para os cerca de 50 funcionários.
Os dois novos pavilhões, com capacidade para 90.000 pintos e uma área de 2700 m2, utilizam a melhor tecnologia para o sector e são destinados à recria das futuras galinhas poedeiras, que povoarão os pavilhões de produção da sua própria exploração à medida que as aves já instaladas deixam de ser produtivas, e ainda de outros pequenos produtores regionais de ovos.
Foram igualmente aumentadas e melhoradas em cerca de 1500 m2, as áreas destinadas a cantina e balneários, a zona Administrativa e ao Centro de Classificação e Embalamento de ovos, as quais ocupam agora uma área de cerca de 2000 m2;
A empresa Nunes & Freitas, Lda., detentora da marca “Ovo Girão”, foi a primeira empresa regional com produção, classificação e distribuição própria de ovos, tendo começado a sua actividade em Janeiro de 1986 com a incubação e venda de pintos, vindo sucessivamente a adaptar-se ás necessidades do mercado regional, até aos dias de hoje, sendo actualmente o
maior produtor regional de ovos, com mais de 60% de quota do mercado regional, o qual é preenchido em cerca de 80% por produção regional.
O custo global do investimento é de 1.016.525 Euros, apoiados em cerca de 50% dos fundos públicos, da União Europeia e do Governo Regional.
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Jardim disse ontem que a Região é tratada no Orçamento como uma junta de freguesia
Madeira vai resistir de cara levantada
O presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, garantiu ontem que a Madeira vai resistir aos constrangimentos financeiros impostos pela República de «cara levantada».
O líder madeirense que falava na inauguração das obras de modernização e ampliação de uma empresa do sector avícola, nas freguesias da Quinta Grande e Campanário, disse que «a Madeira é tratada no orçamento de Estado como uma junta de freguesia».
No Plano de Investimento do Estado, estão inscritos 21 milhões de euros para a Região Autónoma dos Açores, enquanto que, para a Madeira, na mesma rubrica, a verba não vai além dos 400 mil euros. «Esse é o valor de uma junta de freguesia», ironizou Jardim, acrescentando que «parte desse dinheiro é para fazer obras no Palácio de São Lourenço, sede e símbolo da República», declarou o presidente do Governo.
Para Jardim «há que não perder a calma», perante as provocações vindas do exterior, porque «se a ideia é provocar o povo madeirense estão enganados, porque ser madeirense é resistir de cara levantada». E reforçou: «Cara levantada é ir para a frente e cada vez mais melhorando as condições de vida da nossa terra».
Depois de enaltecer o arrojo do empresário que desenvolveu a sua principal actividade logo no início da autonomia e ter projectado o sector avícola até ao nossos dias com elevada qualidade, detendo actualemente 60 por cento do mercado que consome ovos na Madeira, Jardim realçou que a economia faz-se com vários ciclos económicos e «quanto mais asneiras fazem os responsáveis por esses ciclos, piores eles são para os agentes económicos».
«Estamos numa fase difícil, mas a Região tem-se aguentado, embora também com dificuldades que podiam ter sido evitadas», realçou o presidente do Governo.
Segundo Jardim, em 2007, a Madeira seguia na sua “velocidade de cruzeiro”, sem que até essa data tivesse vivido facilidades, porque, tal como salientou «esta é uma Região que, tem o triplo da densidade populacional do Continente e dos Açores, não tem matéria prima, produz pouco, tem uma orografia difícil e não pode utilizar, economicamente, dois terços do seu território».
Para o presidente do Governo, a Madeira «é uma Região onde não temos a ilusão de virmos um dia a ser um potentado económico, mas pudemos chegar onde já chegámos, ou seja, a ter qualidade de vida».
«Se a Região tivesse outras possibilidades legais não estaria sujeita às asneiras que constantemente se dizem e fazem em Lisboa», afirmou.
Referindo-se aos últimos acontecimentos, nomeadamente as recentes declarações do ministro das Finanças, Teixeira do Santos, que acusou a Madeira de ser “despesista”, o líder regional esclareceu: «Tira-se dinheiro à Madeira para dar ao Estado e para dar aos Açores e apesar do Estado vir buscar o que não é seu, a situação do Estado piora, lança impostos sobre as pessoas e entra numa derrapagem que não há memória depois da I República».
Jardim recordou que, na altura em que a Lei de Finanças Regionais anterior estava em vigor, não foi preciso subir os impostos aos portugueses e a situação económica era muito melhor.
«Por outro lado, vemos que a propaganda daqueles cavalheiros continua a dizer que a culpa é da Madeira», declarou o líder madeirense.
Jardim passou em revista alguns dos principais momentos da história em que a Madeira foi maltratada pelo Continente. Começou por recordar que dois terços da produção madeirense eram levados para fora da Região e que, ainda tempo da monarquia, as embaixadas no exterior eram pagas com o dinheiro que a coroa arrecadava pela exportação do Vinho da Madeira. «Quando em Abril de 1931 o povo mais que afogado, disse “basta”, desembarcaram aqui com a tropa e afogaram a revolução da Madeira e a própria democracia», recordou.
E avisou: “Não sei se uma série constante de provocações que nos estão a fazer é no sentido de ver se os madeirenses perdem a cabeça e eles resolvem isto da autonomia de uma vez para sempre. Não é que me importe de ser preso político, mas também não lhes dou o prazer de lhes dar passos em falso para lhes dar pretextos».
A obra
As obras de modernização e aumento das instalações da Empresa Nunes e Freitas, Lda - Ovo Girão, Câmara de Lobos, são constituídas pela construção de dois novos pavilhões avícolas e pelo aumento e modernização da área administrativa e social, áreas de classificação e embalamento de ovos (Centro de Classificação de ovos) e ainda serviços de apoio ao pessoal, como cantina e balneários, que dotam a unidade produtiva de todas as condições e exigências em matéria de bem-estar animal, segurança alimentar, normas ambientais e ainda das melhores condições de trabalho para os 50 funcionários. Os novos pavilhões, com capacidade para 90.000 pintos e uma área de 2700 m2, utilizam a melhor tecnologia para o sector representou um investimento superior a um milhão de euros, apoiados 50% pelo Governo Regional e União Europeia.
Jornal da Madeira
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