segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Produção de cana no limite máximo

Governo regional desaconselha aumento da cultura, face ao mercado actual
Data: 25-01-2010


(Bolo de Mel Gigante)

O secretário regional dos Ambiente e Recursos Naturais alerta os produtores de cana-de-açúcar para a necessidade de fazerem "um compasso de espera" no que diz respeito a novos investimentos no sector, uma vez que a produção actual já atingiu o limite máximo de escoamento suportado pelo mercado.

Manuel António Correia, que falava por ocasião do habitual convívio anual dos produtores de cana-de-açúcar promovido pela Sociedade de Engenhos da Calheta, garante "o escoamento da produção nos próximos anos", mas adverte que um eventual aumento desta cultura poderá trazer alguns problemas no futuro. Por isso mesmo, aconselha a optaram por culturas que fazem mais falta no contexto actual, como é o caso da banana.

Lembrando que entre 2000 e 2009 a produção de cana-de-açúcar registou "um grande crescimento" (passou de 2800 toneladas para seis mil), o governante assume que a grande prioridade, agora, passa por "criar novos mercados e aumentar os actuais" para todos os produtos derivados da cana.

Nesse contexto, Manuel António Correia revelou que o Governo Regional (GR) tem um projecto conjunto com uma cadeia de supermercados para a exportação de bolos e broas de mel, quer no mercado nacional quer ainda na Europa de Leste (Polonia), onde detém um total de 1.500 lojas.

O secretário do Ambiente e Recursos Naturais revelou ainda que o GR vai apoiar os produtores de cana-de-açúcar cujas culturas sofreram danos ocasionados pelo vento. De resto, revela, dos cerca de mil processos que já deram entrada nos serviços de agricultura, alguns deles dizem respeito aos produtores de cana-de-açúcar. Os apoios, que se aplicam aos vários sectores da agricultura, contemplarão 85 por cento dos danos para a devida reposição do potencial produtivo.

No convívio de ontem, que contou com a presença de um grande número de produtores de cana-de-açúcar, procedeu-se à prova de um bolo de mel com cerca de 40 quilos, confeccionado há um ano no Engenho da Calheta.

DN Madeira

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