Gestor de empresa NewMadeira acredita que praça financeira pode evoluir ainda mais
Data: 10-04-2010
O director executivo da NewMadeira, empresa especializada em captar investimento externo para o Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM), está ciente das dificuldades por que passa a praça financeira madeirense, com a perda da competitividade, mas acredita que a praça financeira será a salvação da Região.
Frederico Gouveia e Silva realça, para defender tal convicção, que a credibilidade é uma das mais-valias do CINM, tal como o regime fiscal alargado até 2020, que garantem, num futuro próximo, que a curva descendente no número de empresas licenciadas inverterá o rumo, voltando a crescer.
Actualmente com cerca de 3.220 empresas instaladas nas quatro vertentes do CINM - serviços internacionais, serviços financeiros, empresas industriais e registo de navios - tem-se registado uma constante quebra desde há nove anos. Mesmo assim, empresas como a NewMadeira, têm conseguido captar novas empresas e investimento estrangeiro para a Região.
No seu caso, é representante de cerca de 300 empresas, uma das quais, a Carnival Cruises anunciou, logo no início do ano, a intenção de contratar profissionais altamente qualificados. É, aliás, nesta área do recrutamento de quadros que Frederico Gouveia e Silva acredita ser possível o CINM garantir um reforço como mais-valia para a Madeira.
"A nossa missão é facilitar a implementação de negócios, de investimentos na Madeira, focados na Zona Franca", resume a actividade da NewMadeira. "Tratamos de toda a operacionalização. De facto, as empresas querem reduzir os custos e, na Madeira, têm uma oportunidade legal de mitigar os impostos. É o que tentamos fazer com as empresas que cá querem investir, em colaboração com a SDM (Sociedade de Desenvolvimento da Madeira)", explica.
"Temos assistido nos últimos tempos à implementação de negócios muito interessantes, que têm levado a processos de recrutamento de quadros", frisa ainda, originárias de áreas tão distintas como o 'shipping', a consultoria internacional, o comércio electrónico, comércio internacional no geral, multinacionais", reforça o gestor.
Negócios que valem "mais pela forma como estão estruturados, do que realmente se estão a vender cimento, coca-cola ou óculos", exemplifica. "Neste momento, as que têm tido mais força, são as da área do 'shipping', navegação, ou da área dos serviços." E acrescenta: "É o caso da Carnival Corporation, o maior grupo de cruzeiros do Mundo (detém oito das principais companhias), apesar de não ser linear que tenham todos os navios cá registados. Isso era bom. Começaram com um, o ano passado registaram mais três e esperemos que essa tendência continue.".
A novidade é que, ainda este ano, colocaram anúncio a recrutar cinco quadros altamente qualificados, que antes de entrarem ao serviço no escritório que vão abrir cá, ficaram perto de um mês fora em processos de formação. "É isto que queremos, não só que a Região ganhe com estes investimentos, com a criação de emprego e efeito económico directo, mas também este 'know-how', adquirir de competências no estrangeiro. Também há outras empresas em processo de recrutamento na Madeira para se instalarem cá.".
E que tipo de quadros procuram. Altamente qualificados, em primeiro lugar, jovens e com alguma experiência, conhecimento de línguas e nas áreas financeira, contabilística, económica, mas também com capacidade de comunicação, de venda e acompanhamento ao cliente.
É por estes exemplos e por muitos outros que têm surgido no âmbito das competências desta empresa (que tem cerca de 20 colaboradores), que Frederico Gouveia e Silva realça que o "CINM é a salvação da Madeira", dado que turismo atingiu o limite de crescimento e as obras públicas já está quase tudo feito...
DN Madeira
www.newmadeira.com
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