domingo, 4 de abril de 2010

Do 'miolo' à 'amêndoa acabada'







As amêndoas constituem uma guloseima habitual nesta época da Páscoa. Uma tradição que vem de longe… Conta a História que este fruto seco da amendoeira era muito apreciado por gregos e romanos, apresentando-se, também, como um bom remédio. Coberto por mel ou não.

Na Madeira também tem muitos anos a tradição de comer amêndoas por alturas da Páscoa, amêndoas cobertas de açúcar. A 'Fábrica Santo António' faz questão de manter essa tradição, resistindo a novidades que vão surgindo e que apresentam amêndoas das mais diversas cores e revestidas de vários produtos. Na 'Santo António', que foi fundada em 1893 por Francisco Roque Gomes da Silva e tem actualmente à frente familiares da quarta geração - Christiane Bettencourt Sardinha e Jorge Bettencourt Sardinha -, as amêndoas continuam cobertas, apenas, de açúcar e com as cores branca ou rosa - as únicas geradas com matéria natural. Aqui fica todo o processo de fabrico, numa visita guiada por Bruno Vieira, gerente da dita fábrica.

Desfazem-se na boca



Os torrões constituem uma das iguarias da quadra pascal. A ponto de praticamente só existirem nesta altura. A Fábrica Santo António, por exemplo, só os fabrica nas semanas que antecedem a Páscoa. Torrões que não são mais que cubos doces que podem apresentar diversos sabores.

Nesta Fábrica que fica no centro do Funchal e labuta desde 1893, há os sabores de maracujá, pitanga, laranja, chocolate, caramelo, morango, coco e amora. "O que se vende mais é o de maracujá", explica o gerente Bruno Vieira que considera a apresentação - onde é bem visível as sementes do fruto - "talvez o motivo para essa maior venda". De resto, tudo é igual.

"É feita uma calda, com leite, manteiga, açúcar e polpa do fruto que vai ao lume cozendo durante meia hora. Depois fica em cima de uma mesa de mármores para arrefecer e solidificar durante 2 horas, após o que se parte em cubos", explica Marcelino Serrão, um dos funcionários mais antigos da casa e que chama a si a responsabilidade da produção de torrões. Estes só se vendem na Páscoa e no balcão da própria casa.

"Como leva leite, o tempo de validade não é grande e, depois, a manteiga poderia originar problemas", explica Jorge Bettencourt Sardinha, proprietário e descendente do fundador da 'Fábrica Santo António'.

DN Madeira

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