quinta-feira, 15 de abril de 2010

Estacionamento pago em todo o Funchal

Câmara põe fim aos 8 mil lugares de estacionamento grátis na capital madeirense
Data: 15-04-2010



A autarquia funchalense quer acabar com os oito mil lugares de estacionamento gratuitos na cidade. A ideia foi defendida ontem, em Lisboa, pelo vice-presidente da Câmara, Bruno Pereira, numa intervenção na conferência 'Território, Acessibilidade e Gestão de Mobilidade', promovida pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT), no âmbito do CIVITAS. Trata-se de um programa europeu, que pretende fomentar políticas para "um transporte mais limpo e melhor" nas cidades, ao qual já aderiu Funchal, Coimbra e Porto.

À margem do encontro, Bruno Pereira esclareceu ao DIÁRIO que "o combate ao estacionamento gratuito tem sido feito aos longo dos anos" e é para continuar. "O estacionamento é das melhores formas de gerir a mobilidade", explicou, acrescentando que se existem muitos lugares à disposição há muito tráfego na cidade. " O ideal era que pudéssemos ter controlo sobre todos os lugares de estacionamento", afirmou, sublinhando que só assim será possível "gerir oferta e procura pelo preço". Esta estratégia vem ao encontro da estratégia da Câmara, que anunciou esta semana que vai passar a ter a ser responsável pelo controlo do parqueamento irregular na baixa da cidade, libertando a PSP para outras actividades operacionais.

O responsável lembrou ainda que cidades históricas da Europa, como Talin, já cobram "cinco euros por hora", para incentivar o uso de transportes públicos. No Funchal, diz que ainda não é possível este cenário, nem o fim imediato dos parques gratuitos. "Tudo isto tem de ser trabalhado de forma integrada", esclareceu. "Sem alternativas criadas não é possível fazer essa exigência às pessoas", frisou. Por isso, Bruno Pereira anunciou que vai ser lançado ainda este ano pela autarquia o 'Park and Ride', um sistema de parques na periferia da cidade, apoiado por transportes públicos.

De bicicleta para o centro

Esta não é, contudo, a única medida para tornar a mobilidade na capital madeirense mais limpa. O vice-presidente anunciou ainda que a aposta na ciclovia da estrada monumental é para manter. Apesar de a tragédia que assolou o arquipélago ter originado uma reorientação das obras públicas, o concurso para a segunda fase (da rotunda do Rotary ao Lido) avança ainda este ano, assegurou. Bruno Pereira escusou-se, contudo, a avançar uma data para arranque da obra, uma vez que terá de haver expropriações.

Quando já for possível chegar ao centro de bicicleta, o responsável espera que os funchalenses aderiam a este transporte mais ecológico. E para quem teme os declives, apresentou uma solução: 'O Bus and Ride', ou seja, a possibilidade de combinar autocarro com bicicleta.


DN Madeira


Para resolver o Problema dos Declives poderia ser pensado um sistema como este que tem na cidade de Trondheim na Noruega

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