sexta-feira, 9 de abril de 2010

RTP garante em 2011 cobertura mundial ao Open de Golfe

Vice-presidente do conselho de administração da televisão rendido à qualidade do torneio que decorre até domingo no Porto Santo










O vice-presidente do conselho de administração da RTP, José Marquitos, garantiu ontem ao JORNAL da MADEIRA que a televisão pública irá cobrir para todo o mundo o Open de golfe do próximo ano, comprometendo-se a estudar os meios técnicos necessários para concretizar esse objectivo. «É com muito orgulho que estamos cá e esperemos que para o ano a RTP faça mais e melhor, porque acredito que com a qualidade deste torneio, pretendemos colocar este conteúdo ao serviço de todo o mundo e essa será uma intenção da RTP em promover e tentar reunir condições técnicas para isso», revelou.



José Marquitos acompanhou o torneio que decorre até domingo no Porto Santo na companhia do Vice-presidente do Governo Regional, João Cunha e Silva e mostrou-se rendido à qualidade do Open da Madeira em golfe, evento desportivo que reúne na "ilha dourada" os melhores jogadores do tour europeu da modalidade.
Segundo aquele responsável «bastaria a obrigação de serviço público para a RTP estar aqui, fazer bem e o melhor que souber», defendendo que a televisão deve «interiorizar sempre as suas obrigações de serviço público, mas externizá-las no sentido de promover o que é bom de Portugal».
Relativamente às recentes mudanças operadas na estrutura da RTP/Madeira, com a nomeação do gestor Martim Santos para director do Centro Regional e de Gil Rosa para director de informação e de programação, José Marquitos considera que o grupo RTP «tem um compromisso muito claro com a Região Autónoma da Madeira que o de é criar todas as condições para um projecto que evolua em termos técnicos e de qualidade».
Porém, faz ver que «o dinheiro não é muito, é o que temos e que reverte das obrigações de serviço público, mas que pode ser utilizado de outra forma», daí a aposta feita num gestor para a direcção do centro da Madeira.

RTP/M terá proximidade diária às suas comunidades

Sem querer hostilizar os antecessores do canal público, o vice-presidente do conselho de Administração da RTP considerou que «agora é possível utilizar a tecnologia para termos mais racionalidade e com o mesmo dinheiro fazer mais e melhor».
Acompanhado pelo novo director da RTP/M, Martim Santos, o administrador disse esperar que o grupo RTP «saiba acolher o projecto da Região Autónoma da Madeira numa perspectiva de consciencialização de que os fundos são os possíveis, num momento de crise e que temos de respeitar e saber adaptarmo-nos aos momentos actuais».
A ideia, segundo afirmou, é a de combater o desperdício e passar a poupar, enaltecendo os resultados obtidos desde 2003.
«Se estamos em condições de poder ganhar ambição sem repetirmos erros do passado e utilizando bem o orçamento no sentido de ganhar ambição para colocar a Madeira, não numa perspectiva de um canal que é puramente para consumo interno, pode ter ambições de consumo externo. Estou-me a lembrar das bolsas de emigração por todo o mundo, onde vamos colocar a Madeira no seu quotidiano, nos canais de televisão e de rádio, ao serviço dessas comunidades», reforçou José Marquitos.

Filipe Lima surpreende na frente






O português Filipe Lima lidera o 18.º Madeira Islands Open/BPI Portugal, em Golfe, com 66 pancadas (-6 PAR), empatado com os ingleses Chris Gane e Ben Evans e com o escocês George Murray, após a 1.ª volta ao Campo do Porto Santo, ontem realizada. Na perseguição ao “quarteto” da frente estão os ingleses James Morrison e Oliver Fisher, o escocês Andrew McArthur e o francês Julien Quesne, todos com mais um “shot” (67). Lima (224.º do “ranking” mundial), que no ano passado registou o melhor resultado de sempre de um português na prova, com um 12.º posto, marcou no cartão um "eagle" (buraco 8, PAR 5), no seu 17.º buraco do dia, e quatro "birdies". «Foi óptimo. De princípio a final estive muito seguro no meu jogo. Falhei alguns “shots” no princípio, mas fiquei contente com o “eagle” no oito. Salvou um bocadinho o dia», comentou Lima, que tem como melhor resultado esta época o 29.º lugar no Open da Andaluzia, há 15 dias. O dia foi marcado por muito sol e algum vento, com os resultados a piorarem da manhã para a tarde. Até as 13h00 foram marcados 13 “eagles” - entre os quais o do português - e, até ao final da jornada, registaram-se apenas mais sete. O “cut” provisório está no PAR do campo (72), pelo que apenas Filipe Lima termina o 1.º dia dentro da “zona de qualificação” para as últimas duas voltas, que conta neste momento com 73 jogadores. A 2.ª volta, hoje, será decisiva para se ficar a saber quantos dos 14 portugueses passam o “cut” e jogarão este fim-de-semana no Porto Santo.

João Pedro Sousa, o melhor madeirense




O melhor dos três madeirenses é João Pedro Sousa, com 78 pancadas (+6 PAR). O 18.º Madeira Island Open BPI Portugal, prova do Circuito Europeu de golfe, distribui 700.000 euros em prémios monetários. Em 2010, há cerca de 80 jogadores que testaram o “Seve Course”, em 2009, mas irão deparar com um teste algo diferente. O “Championship Course” passa de Par-71 para Par-72, devido ao buraco n.º 3 regressar ao formato de Par-5 (com 493 metros) e não como no ano passado quando foi especialmente jogado como um Par-4.

Mítico buraco n.º 13 é um dos melhores do Mundo



O já mítico buraco n.º 13 apresenta uma configuração diferente, nos dois últimos dias, com um novo “tee”, mais recuado, aumentando o drama desportivo na fase decisiva da prova, ou seja, após o “cut” que só deixará passar os primeiros 65 classificados e empatados. David Williams, antigo campeão do European Tour e director do torneio nos últimos anos, considerou que «estamos perante um dos buracos mais fantásticos do Mundo, não só pela sua beleza paisagística como também pelo facto de poder ser decisivo para o resultado final do torneio. O campo do Augusta National (palco do Masters) tem três buracos críticos em termos de jogo e fantásticos pela sua beleza, mas os buracos 13 e 14 do Porto Santo Golfe são, sem dúvida, muito mais difíceis de jogar. Tal como o Amen Corner de Augusta, a esquina do campo do Porto Santo deverá igualmente ter uma denominação única e ser reconhecida em todo o Mundo».
Ontem, no final do 1.º dia, a classificação do Open estava assim ordenada:
1.ºs Filipe Lima (POR), Chris Gane (Ing), George Murray (Esc) e Ben Evans (Ing), 66 pancadas (- 6 PAR)
5.ºs James Morrison (Ing), Andrew McArthur (Esc), Julien Quesne (Fra), Oliver Fisher (Ing) e Jamie Mcleary (Esc), 67
73.º Hugo Santos e Ricardo Santos e Ricardo Melo (amador), 73
112.º António Rosado e Tiago Cruz, 75
120.º Manuel Violas (amador), 76
136.º António Dantas, 77
142.º João Pedro Sousa, Henrique Paulino, António Sobrinho e Nuno Campino, 78
152.º Duarte Freitas, 81
156.º Edgar Rodrigues, 92.



Jornal da Madeira

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