Porto do Funchal registou 277 escalas de navios de cruzeiro

Passageiros em trânsito em alta na Madeira

A Madeira registou, em 2009, o maior número de passageiros em trânsito em navios de cruzeiros. O porto do Funchal e o de Portimão contrariaram a tendência de descida a nível nacional. De referir também que, no ano passado, foram também registadas 277 escalas de navios de cruzeiro na Região.


(Foto AvelinoLuísFernandes)



O porto do Funchal registou, em 2009, o maior volume de passageiros em trânsito em navios de cruzeiro quando comparado com as restantes infra-estruturas portuárias nacionais. Nesta rubrica, a Madeira apresentou 425.433 passageiros, com um total de 277 escalas de navios de cruzeiro.
De acordo com a informação que nos foi facultada pelo porto de Lisboa, embora, no plano nacional, tenha ocorrido um decréscimo ao nível de passageiros em trânsito em navios de cruzeiro nos portos portugueses, a verdade é que a Madeira obteve, no ano passado, um acréscimo de oito pontos percentuais em relação a 2008. O mesmo aconteceu no porto de Portimão, onde se registou um aumento substancial.
Um dado a realçar é o facto de 2009 ter sido o melhor ano em termos de movimento de passageiros dos navios de cruzeiro nos portos portugueses, tendo atingido os 945.034 passageiros de cruzeiro, o maior número de sempre, ultrapassando os 904.600 turistas que passaram em Portugal em 2008. Feitas as contas, foi um crescimento de quatro por cento.
Segundo a mesma fonte, «o recorde foi determinado pelo aumento de 94 por cento do segmento de turnaround que contabilizou 97.439 passageiros, o número mais elevado de sempre, contra os 50.223 registados em 2008. Na realidade, embarcaram nos portos portugueses 49.928 passageiros (mais 102 por cento) e desembarcaram 47.511 (mais 86 por cento). Apesar de o porto do Funchal ter registado uma variação positiva, os portos de Lisboa (mais 116 por cento), Portimão (mais 5.335 por cento) e Leixões (mais 1.366 por cento) foram os principais responsáveis por este crescimento, sendo de referir que, pela primeira vez, se realizaram operações de cruzeiro com início e fim nos portos de Portimão e Leixões, ambas realizadas pelo navio “Princess Danae”».
Refere ainda o porto de Lisboa que «apesar de se ter verificado um crescimento de quatro por cento no número total de passageiros que visitaram Portugal, registou-se um decréscimo de três por cento no número de escalas de navios de cruzeiro – 719 contra as 739 contabilizadas em 2008 –, o que significa que os portos nacionais foram escalados por navios de maior dimensão. No entanto, as escalas em turnaround atingiram um número nunca antes alcançado – 100 –, que correspondeu a um crescimento de 69 por cento».
À semelhança do ocorrido nos passageiros, e de acordo com a mesma fonte, «os portos do Funchal e de Portimão foram os que registaram crescimentos no número de escalas, três por cento e 46 por cento respectivamente, tendo, no entanto, a liderança continuado a pertencer a Lisboa, com 294 escalas».
De referir, ainda, que as cidades de Cascais e de Viana do Castelo foram incluídas nos itinerários de quatro e um navios de cruzeiro, respectivamente, situação que não ocorreu em 2008. Além destes dois portos, os dados referem-se ao movimento registado nos portos de Leixões, de Lisboa, de Portimão, do Funchal e dos Açores.


APRAM aposta em embarcar e desembarcar mais no Funchal
O presidente da Administração de Portos da Madeira (APRAM) considera que os resultados obtidos vêm demonstrar que «o porto do Funchal, pelas suas características, é, por excelência, um porto de escala e é, por excelência, um porto de grande procura por parte das companhias, quer em termos de reposicionamento, quer em termos das rotas verificadas aqui no Atlântico».
De acordo com Bruno Freitas, há também a realçar todo «um trabalho que está a ser feito, no sentido de manter a posição alcançada e incrementar. E é isso que está acontecer com o investimento que está a ser realizado, no sentido de possibilitar o aumento do número de passageiros a embarcar e desembarcar no porto do Funchal».
Apesar desse desejo, o presidente da APRAM, admite que «as características da própria Região — é um destino turístico, e daí o facto de ser muito mais procurada pelas companhias para ser um porto que seja visitado pelos seus passageiros».




Jornal da Madeira