sábado, 10 de abril de 2010

Alberto João Jardim admitiu a Júlia Pinheiro o seu desespero no dia do temporal

«A desgraça era tanta que me senti impotente»







AAlberto João Jardim admitiu ontem que no dia 20 de Fevereiro se sentiu impotente com o temporal que assolou a Madeira. Só que teve que mobilizar as suas forças para não mostrar os seus sentimentos. O importante, como acrescentou, foi arranjar forças para a batalha que tinha pela frente.
As declarações foram feitas no programa “Tardes da Júlia”, que ontem foi emitido a partir da Madeira. A TVI quis, assim, comemorar os três anos de programa e, por outro lado, solidarizar-se com a Região.
«Confesso que nem pensei em termos de obra minha, porque a desgraça era tal que eu sentia-me impotente. Primeiro, não posso resgatar a vida a quem a perdeu, mas sentia-me impotente perante tanta coisa que estava a suceder de uma vez só e, depois, perante informações -, felizmente, algumas delas não se confirmaram - que chegavam em catadupa onde estava o Estado Maior das Operações. Portanto, era uma situação em que só não se desesperava porque me era proibido desesperar, mas que apetecia desesperar. Depois, fui vendo que as obras do meu tempo aguentaram», disse Alberto João Jardim.
Em resposta a Júlia Pinheiro, o presidente do Governo disse que, em tempos difíceis, os guerreiros também têm estados de alma, mas têm de mobilizar as forças para a batalha. «Para pensar o plano de batalha e desenvolvê-lo rigorosamente, não podem mostrar os seus sentimentos a ninguém; nada de demonstrar qualquer tipo de fraqueza», explicou.

Festa da Flor é
o retomar a vida




Em relação ao futuro, mais precisamente à Festa da Flor, Jardim garantiu que será uma festa muito bonita.
O governante disse que a Festa da Flor «está melhorada», porque, depois do que aconteceu, «a festa representa um retomar de vida, com todo o símbolo que a flor tem para todos nós. É o retomar de vida e, portanto, este ano, esmerámo-nos um pouco mais na organização da festa».
E logo acrescentou: «Depois, acho que ninguém deixará de lado a sua curiosidade em ver como é que o povo madeirense soube reorganizar tudo e fazer ressurgir a Madeira em menos de dois meses».
Alberto João Jardim garantiu haver muitas motivações para que venham à Madeira. Sobretudo, pela grande motivação de que «estar na Madeira é estar no melhor de Portugal».
Fora estes momentos de maior seriedade, a conversa entre Alberto João Jardim e Júlia Pinheiro foi caracterizada por algumas picardias de parte-a-parte.
Com chouriças à mistura - para espanto de Jardim que não sabia que este é um dos petiscos preferidos de Júlia Pinheiro -, elogios mútuos à respectiva elegância e a uns óculos que o presidente considerou serem «uma beleza kafkiana», o programa lá foi decorrendo com a presença de um público que aproveitou para ver de perto vários artistas, nomeadamente Marco Paulo e as Just Girls.


Jornal da Madeira

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