sexta-feira, 16 de abril de 2010

Três bancadas no Centenário

Estádio dos Barreiros poderá vir a ter uma superfície comercial
Data: 16-04-2010







Segundo fontes ligadas ao processo de reconstrução do Estádio dos Barreiros, a obra poderia ficar concluída já este ano, mas tal obrigaria que a equipa de futebol tivesse de jogar os primeiros cinco meses da próxima época (2010/2011) num outro recinto, pois seria necessário utilizar o relvado como suporte para o avanço do projecto. Mas tal significaria, também, encarecer da obra, que está estimada em 46 milhões de euros - será adjudicada por esse valor.

Mesmo assim, e tendo em conta o rápido avanço da obra, a cargo da Tecnovia, a 20 de Setembro deste ano, dia em que o Marítimo comemora cem anos de vida, segundo as melhores previsões, a direcção verde-rubra poderá inaugurar três novas bancadas, Norte, Sul (novidade) e Nascente, ficando apenas por concluir a bancada Central, que, nessa altura, já estará em andamento, em obras.

Apesar dos atrasos provocados pelo mau tempo que se fez sentir durante quase todo o Inverno na Região, a percepção de quem idealizou o projecto - a equipa técnica que esteve na base da construção do Estádio do Dragão e Alvalade XXI é a mesma que trabalha no Estádio dos Barreiros - é de que a obra poderá ficar concluída mais cedo do que é previsto.

O atraso impediu que as bancadas Norte e Nascente fiquem concluídas a tempo da Cerimónia de Abertura do Desporto Escolar, no entanto, ficarão prontas a tempo do Centenário, registando-se ainda que logo após a realização do último jogo do Marítimo em casa - 2 de Maio com o Vit. Setúbal -, a bancada Central deverá entrar em obras, bem como o relvado, que será removido na totalidade, dando lugar a um novo de raiz, por forma a se resolverem de uma vez por todas os problemas de escoamento. Portanto, no dia 20 de Setembro não só os adeptos verde-rubros deverão ver as três bancadas concluídas, como também o novo relvado, para além da estrutura de betão da bancada Central.

Área comercial em equação

A um outro nível, registe-se que o projecto de reconstrução do Estádio dos Barreiros não prevê nenhuma área comercial, mas estará preparado para o efeito, caso surja algum investidor interessado. Tal como acontece com o Estádio da Luz, se aparecer uma empresa pronta a negociar, como foi o caso da Media Markt, o Marítimo poderá ceder parte dos estacionamentos para uma área comercial. Estão previstos cerca de 700 lugares de estacionamento, mas segundo foi possível apurar poderão não ser necessários tantos e, como os pisos inferiores são altos, parte do estacionamento poderá reverter para um negócio. No entanto, é preciso alertar que tudo não passa de uma mera possibilidade, uma vez que o projecto inicial para a remodelação do 'velhinho caldeirão' não prevê, como foi referido, áreas comerciais. A finalizar, registe-se que o Governo Regional vai ainda celebrar um contrato-programa com o Marítimo, de 31 milhões de euros, para a reconstrução do Estádio dos Barreiros. Mesmo assim, a obra está a avançar a bom ritmo, devido a um acordo de cavalheiros que foi estabelecido entre o a direcção do Marítimo e os patrões da Tecnovia, que para já estão a assumir todos os custos da remodelação.

Marítimo defende custos da obra com período de carência

O investimento da região na remodelação do Estádio dos Barreiros, tem merecido por parte de alguns quadrantes, algumas críticas, fundamentalmente após o temporal que assolou a Região a 20 de Fevereiro. Contudo, para o Marítimo não era curial nem lógico que, por causa disso, se parasse uma obra que estava em pleno curso.

Depois os encargos que a Região terá com as obras nos Barreiros só começarão a ter efeitos cinco anos após a concessão do financiamento bancário de 31 milhões de Euros (o Marítimo suporta os restantes 15 milhões), que é o período de carência que esse mesmo financiamento contém. E, nesse período de cinco anos, os cofres da Região receberão, da obra, cerca de 7 milhões de Euros em impostos directos e outros tantos em indirectos, como seja os custos sociais dos cerca de 300 operários que trabalham na obra. Fonte da direcção revelou-nos, ainda, que, por outro lado, e sendo agora o estádio propriedade do Marítimo, o IDRAM deixou de ter custos, quer com pessoal, quer com a luz, água, relvado, etc.


DN Madeira

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