sábado, 10 de abril de 2010

“Staff” do Open superior a 200 pessoas

Sessenta estudantes do Porto Santo estão envolvidos na organização do torneio










A organização do Open da Madeira em golfe, que se disputa até domingo no campo do Porto Santo, é composta por mais de 200 pessoas, entre elementos ligados à direcção, fiscalização e divulgação de resultados. Segundo informação prestada ao JORNAL da MADEIRA pelo presidente da Sociedade de Desenvolvimento do Porto Santo (SDPS), Francisco Taboada, a organização contempla elementos da PGA European Tour, liderados por David Williams, cerca de 40 pessoas ligadas à SDPS e cerca de 60 jovens estudantes da Escola Secundária do Porto Santo, que já haviam participado na edição do ano passado. «Contando com os elementos da PGA, designadamente com os ingleses que estão a trabalhar connosco, juízes árbitros, elementos de fiscalização de resultados, com a equipa da Sociedade de Desenvolvimento do Porto Santo e com os jovens que colaboram connosco temos uma equipa superior a 200 pessoas», revelou o responsável pela organização do torneio. Francisco Taboada salientou que a preparação do Open começou em Novembro de 2009. «Tivemos a primeira reunião com o director do torneio em Novembro, depois tivemos reuniões mensais e a nossa equipa começou a trabalhar nessa altura, que incluiu a formação dos jovens da Escola Secundária do Porto Santo», referiu, realçando o «trabalho brilhante» realizado na edição do ano passado. «Dado que, no ano passado foi realizado um trabalho excelente feito por todos, este ano, usamos aquela máxima de que "em equipa que se ganha não se mexe" e decidimos manter toda a equipa, sendo também essa a vontade manifestada pelos jovens portosanteses», salientou o responsável pela SDPS. Esta experiência começa a dar frutos, sobretudo pelo entusiasmo demonstrado pelos estudantes locais em torno da modalidade que continua a crescer no Porto Santo. Segundo Francisco Taboada, alguns dos jovens que colaboraram em 2009 no Open começaram a jogar golfe. «Um deles, o Tiago Olival, começou a jogar e no Pro Am de quarta-feira já ficou em segundo lugar. O facto de terem visto alguns profissionais com 18 ou 19 anos criou neles algum entusiasmo pelo golfe e de que este é, de facto, um desporto interessante». O entusiasmo dos jovens pela modalidade fez com que, em 2009, fossem criadas duas classes de formação - uma para crianças e outra para jovens, orientados semanalmente pelo professor Andrew Oliveira. «Dessa classe já saíram jogadores como o Tiago Olival e o Francisco Silva que este ano disputaram o Pro Am», destacou Francisco Taboada. Por outro lado, a participação dos jovens no Open, garante a formação de uma equipa permanente no Porto Santo, para a realização de provas ao longo do ano, como aconteceu em 2009, aquando da organização do Campeonato Nacional de Amadores, em Abril, e do Campeonato Nacional de Profissionais, em Julho, ambas organizadas pela Federação Portuguesa de Golfe. Francisco Taboada destacou que na formação dos cerca de 60 jovens da Escola Secundária do Porto Santo a SDPS teve a colaboração da Secretaria Regional de Educação e Cultura. «Os jovens não necessitaram faltar às aulas, mas houve que fazer alguns ajustamentos em alguns horários, por isso é um agradecimento que fica registado».

Orçamento do Open em 1,1 milhões de euros

Relativamente aos custos de organização do torneio internacional, o presidente da SDPS fez questão de salientar que o objectivo deste ano é concluir a prova «sem perder, nem ganhar dinheiro», ou seja, «tentar que os apoios que tivemos sejam suficientes para a realização do torneio». O 18.º Open da Madeira está orçado em cerca de um milhão e 150 mil euros, sendo 700 mil para prémios monetários atribuídos pelo Governo Regional, 330 mil pela Secretaria de Estado do Turismo e outros 150 mil euros do sponsor privado BPI. «Além dos prémios monetários temos de pagar toda a estrutura da prova, desde os transportes às tendas montadas em todo o campo, sendo uma estrutura muito dispendiosa porque tivemos a agravavante do material que veio de Lisboa, ter ainda passado pelo Funchal, mas temos custos que estão controlados e estou convencido que iremos cumprir a prova dentro do orçamento, sem gastar mais um tostão». Francisco Taboada realçou ainda o facto do campo de golfe do Porto Santo ter aumentado o número de voltas em nove por cento, contrariando a tendência negativa registada em Portugal, na ordem dos 10 por cento, com especial incidência no Algarve, e de 23 por cento nos campos da Madeira. Sobre o torneio deste ano, o responsável pela organização não tem dúvidas em afirmar que «está a ser um sucesso», para o qual está a contribuir decididamente os bons dias de sol que têm acompanhado a prova.

Inglês James Morrison lidera




O inglês James Morrison é o novo comandante do 18.º Madeira Island Open/BPI Portugal, em Golfe, com 132 pancadas (-12 PAR), ao marcar ontem 65 “shots” na 2.ª passagem pelo percurso do Porto Santo (72). Na 2.ª posição está o escocês George Murray, com 133 pancadas, seguido do irlandês Simon Thorton, com 134. Seguem-se quatro jogadores todos com -7 pancadas que o PAR: o inglês John Parry, o espanhol Alejandro Cañizares, e os escoceses Jamie McLeary e Andrew McArthur.
O “top-10” do torneio madeirense completa-se com o sueco Steven Jeppesen, com o inglês Chris Gane e com o italiano Lorenzo Gagli.
Filipe Lima garantiu a passagem do “cut”, com 141 pancadas, três abaixo do PAR, mas caiu mais de 20 posições na tabela, após 1.º o primeiro dia no 1.º lugar, empatado com três jogadores. Lima segue agora no grupo dos 25.ºs classificados. Ontem, Lima fez 75 pancadas, piorando o resultado da véspera (66).
Os restantes 12 portugueses não passaram o “cut” (últimos dois dias de prova, onde apenas os tiveram acesso os 69 melhores no acumulado da prova). Assim, Tiago Cruz ficou no grupo dos 84.ºs classificados, com 146 pancadas (75+71), ao passo que o amador Manuel Violas (76+71), António Rosado (75-72), Hugo Santos (73+74) e Ricardo Santos (73+74) ficaram na 91.ª posição, todos com 147 pancadas. O amador Ricardo Melo (73+78) terminou no 127.º posto e dez lugares mais abaixo (137.º) acabou António Sobrinho (78+75), com 153 pancadas. Nos últimos lugares, Nuno Campino foi 145.º, António Dantas 148.º, João Pedro Sousa 153.º, Duarte Freitas 154.º, Henrique Paulino 154.º e Edgar Rodrigues 156.º.
A 3.ª volta começa de novo bem cedo, com os 69 melhores golfistas, após dois dias de prova, a lutarem pelo melhor resultado na prova. O Open conta para o Ranking Mundial de Golfe, para a Corrida para o Dubai (Ordem de Mérito do European Tour) e para a tabela europeia da Ryder Cup que este ano, no País de Gales, coloca uma vez mais em confronto as selecções da Europa e dos Estados Unidos.

Dois fazem “hole-in-one”
O alemão Bernd Ritthammer foi o primeiro jogador a conseguir um "hole-in-one", na 2.ª volta do Open da Madeira em golfe, valendo-lhe um relógio de 1.400 euros, entregue pelo presidente da Sociedade de Desenvolvimento do Porto Santo, Francisco Taboada. O jogador germânico, que completa 23 anos a 18 de abril, bateu um ferro 4 a 205 metros no buraco 7, levando a bola a entrar directamente no buraco desde o "tee" de saída, no mais longo PAR 3 do percurso portosantense. No final da proeza, Ritthammer mostrou-se satisfeito com a forma como conseguiu o primeiro "hole-in-one" do Open deste ano. «É a primeira vez que jogo aqui. Jogo habitualmente no "challenge tour" e recebi um convite para vir cá. O campo é lindo, os buracos junto ao mar são incríveis e agora ganho um relógio, nem tinha nenhum e este é óptimo», declarou o jogador alemão, que conseguiu o terceiro “ás” da carreira, o primeiro em competição. Um pouco mais tarde, o escocês Callum Macaulay, de 26 anos, fez o seu quinto "hole-in-one", o quarto em competição, com um "shot" de 189 metros, no buraco 9. Curiosamente, Macaulay havia já conseguido um "ás" na África do Sul, no início da presente temporada. No ano passado, o português Filipe Lima também tinha registado um "hole-in-one", então no buraco 5, durante a terceira volta ao percurso do Porto Santo.


Jornal da Madeira

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