Companhia aérea teve quebras de 6% na rota Madeira, quase o dobro das perdas globais
Data: 08-04-2010
A TAP transportou 775 mil passageiros entre o continente e a Madeira em 2009, o que representa uma diminuição de seis por cento face a 2008. A informação foi avançada ontem ao DIÁRIO pela transportadora aérea à margem da apresentação dos resultados globais da empresa no ano passado.
A quebra na rota da Madeira é superior à média da empresa, que teve perdas na ordem dos quatro por cento, ainda assim, o presidente da companhia, Fernando Pinto, desvaloriza os números, atribuindo-os à crise internacional que está a afectar o sector da aviação e também à concorrência que agora existe desde que a rota foi liberalizada.
Fernando Pinto revelou ainda que a tragédia de 20 de Fevereiro teve repercussões no sector e que se sentiu de imediato nas vendas, mas assegurou que já se está a sentir a retoma. O responsável elogiou ainda o Governo Regional e as políticas que têm tomado no sentido de minimizar os efeitos dos acontecimentos no turismo. Para além disso, a assessoria de imprensa da TAP revelou que vai lançar agora uma campanha no sentido de incentivar os continentais a visitar a Região. De 12 de Abril a 1 de Junho (dia Mundial da Criança), as famílias do continente que viajarem para a Madeira não pagam as viagens das crianças.
TAP satisfeita com retoma
Para além disso ficou a saber-se ontem que a companhia fechou o exercício do ano passado com um prejuízo de 3,5 milhões de euros, o que corresponde a uma redução das perdas em 281,5 milhões. Fernando Pinto mostrou-se satisfeito com os resultados e elegeu a "redução geral de custos" como "um dos factores importantes" para a evolução dos números. Para a redução do prejuízo da TAP, que em 2008 apresentava perdas de 285 milhões de euros, contribuíram, nas palavras de Fernando Pinto, a diminuição da factura de combustível para "níveis mais reais", a adequação da oferta à procura e uma revisão da política de recursos humanos da transportadora.
"Um dos factores importantes foi obviamente a factura de combustível, que ficou em níveis mais reais neste ano. Outros factores importantíssimos também ajudaram", declarou o presidente da TAP . A redução de voos (6%) também contribuiram para consolidar as contas, no entanto, Fernando Pinto assegurou alguns já estão a ser restabelecidos.
DN Madeira
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