Para as vítimas do temporal na Madeira e do sismo no Chile
ASócios, familiares e amigos da Casa de Portugal em Macau, do Grupo dos Escuteiros Lusófonos, Associação dos Trabalhadores da Função Pública, Associação dos Macaenses, Associação Promotora da Instrução dos Macaenses e da Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas “desfilaram” esta manhã pelas principais artérias de Macau, ao lado da Caritas, para angariarem donativos a favor da Madeira e do Chile.
O cônsul geral de Portugal no território, Manuel Cansado de Carvalho, agradeceu em nome de Portugal o gesto de solidariedade para com a Madeira e salientou em declarações à Agência Lusa que a iniciativa revela que “a relação entre Portugal e Macau está viva e é solidária, além de mostrar que Macau é uma sociedade que tem sentimentos”.
“Havendo um problema, mesmo do outro lado do mundo, as pessoas (de Macau) mobilizam-se e dão um pequeno mas grande contributo, muito significativo”, observou.
O Secretário-geral da Caritas de Macau, Paul Pun, revelou-se satisfeito com a mobilização de mais pessoas do que esperava, “entre 500 a 600 que é o dobro do que antecipámos”, disse ao referir que “é um bom número”.
Já a presidente da Casa de Portugal, Amélia António, considerou que “poderia ter participado muito mais gente”, mas destacou como o aspeto “mais relevante e simpático da iniciativa o facto de se ter conseguido que ela envolvesse várias comunidades e organizações”, o que, aponta, “não é muito frequente acontecer em Macau”.
Miguel Senna Fernandes, dirigente da Associação dos Macaenses, partilha da mesma ideia ao constatar que “é raro encontrar uma causa comum às comunidades chinesa e de matriz portuguesa”.
“A importância desta marcha é, para já, abrir o precedente a outras iniciativas que juntem as diferentes comunidades. É importante envolver as associações de matriz portuguesa, elas precisam ser mais dinâmicas”, defendeu.
Por outro lado, Senna Fernandes realçou com satisfação o envolvimento de Macau nesta onda de “solidariedade global, impensável há uns anos”, constatou ao observar que a Madeira e o Chile “eram outros mundos devido à distância que os separava de Macau”.
“Mas o mundo está hoje mais pequeno, ficamos sensibilizados com estas situações mesmo que aconteçam do outro lado do mundo e procuramos dar o nosso contributo”, disse à Lusa.
Os donativos recolhidos pela Caritas nesta “caminhada de solidariedade” reverterão em 25 por cento para as vítimas da intempérie na Madeira e 75 por cento para o Chile.
DN Madeira
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