sábado, 27 de março de 2010

ANAM melhorou resultados em 2009

Dívida actual da concessionária dos aeroportos é de 206 milhões de euros
Data: 27-03-2010



A ANAM, empresa concessionária dos aeroportos da Madeira, registou no exercício de 2009 um resultado melhor do que no ano anterior. Guilhermino Rodrigues, presidente do Conselho de Administração da ANAM, disse ontem ao DIÁRIO que esses resultados foram fruto de uma gestão muito controlada e bem trabalhada ao nível dos custos, já que as receitas foram inferiores a 2008. No resumo anual o tráfego de passageiros decresceu 4,3%, uma percentagem inferior à média de 6,5% apurada nos aeroportos europeus. Os aeroportos da ANAM perderam cerca de 20% do tráfego do Reino Unido, o melhor mercado emissor da Região Autónoma, mas acabou por ganhar mais de 20% de passageiros desembarcados oriundos dos aeroportos nacionais, devido à entrada da EasyJet na rota Lisboa-Madeira em Outubro de 2008, assinalou Guilhermino Rodrigues.

O resultado do exercício de 2009 foi de 7,2 milhões de euros negativos, quando no ano anterior se tinha fixado em 10,3 milhões de euros negativos. Nas contas do ano passado, o presidente da ANAM assinala também o bom desempenho da empresa a nível financeiro, por duas razões que sublinhou como fundamentais: a baixa das taxas de juro e o facto de em 2008 a ANAM ter reduzido a sua dívida aos bancos em cerca de 25%, com o pagamento antecipado de 60 milhões de euros. Assim a dívida acumulada da empresa era no final de 2009 de 206 milhões de euros, quando antes do abatimento dos 60 milhões era de 280 milhões de euros. "Foi esse efeito conjugado de factores que contribuíram para o bom desempenho em 2009", sublinhou Guilhermino Rodrigues ao DIÁRIO.

Com perspectivas de privatização e com negociações em curso entre os accionistas, nomeadamente entre o Estado Português e a Região Autónoma da Madeira, o presidente da ANAM, afirma que a gestão da empresa vai continuar a pautar-se pela melhoria contínua das infra-estruturas e do seu desempenho, esperando no corrente ano, recuperar a quebra que hoje se verifica e que se deve apenas, em relação ao ano passado, aos acontecimentos de Fevereiro passado.

DN Madeira

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