terça-feira, 23 de março de 2010

Gaia apela ao Porto para ajudar a Madeira

Vice-presidente daquela Autarquia “encantado” com trabalhos de recuperação





A Câmara Municipal do Funchal e a Câmara Municipal de Gaia vão encetar uma série de reuniões, ainda antes da Páscoa, com empresários do Porto, no sentido de conseguirem material de construção civil e mobiliário para a recuperação das, pelo menos, 291 casas que, até agora, foram consideradas como fora da zona de risco e que estão destruídas. O foi feito ontem no final de uma reunião entre as duas edilidades e onde Marco António mostrou-se impressionado com a recuperação do Funchal






O vice-presidente da Câmara Municipal de Gaia mostrou-se ontem completamente impressionado com o trabalho de recuperação do Funchal após o temporal do último dia 20 de Fevereiro. Marco António, que falava aos jornalistas momentos depois de uma reunião que manteve com a equipa da edilidade funchalense, disse que ficou encantado com o que viu depois de ter assistido a imagens horrivéis da intempérie que assolou a Madeira. Tão «encantado» que promete voltar à Região nas férias da Páscoa, uma vez que a ilha «continua ser um jardim».
O autarca garantiu que a edilidade onde é vice-presidente vai fazer um apelo aos empresários da região do Porto no sentido de se solidarizarem com materiais que sejam possíveis de serem utilizados na reconstrução. Conhecido pela sua grande tradição no mobiliário, o distrito do Porto, como grande centro de produção, poderá ajudar a Madeira. «A Madeira não pode esperar, indefinadamente, que cheguem outros apoios», considerou o vice-presidente da Câmara Municipal de Gaia, tendo garantido que «todos temos de nos mobilizar, e nós vamos nos mobilizar através de um apoio aos empresários».


Estão 291 casas prontas para recuperar

Marco António, amigo de Miguel Albuquerque, afirmou que os madeirenses deram uma lição de civismo na forma como se dedicaram à recuperação da sua terra. Diz que leva a Região no coração e apela aos continentais para não deixarem de visitar a Madeira.
Da parte do presidente da Câmara Municipal do Funchal, Miguel Albuquerque adiantou à comunicação social que, neste concelho, há um conjunto de moradias que estão «parcialmente danificadas e que estão declaradas, por empresas especializadas, fora da zona de risco». Essas casas, no total de 291, são suceptíveis de ser recuperadas. Nesse sentido, a edilidade, com o apoio da Câmara de Gaia, vai realizar um conjunto de reuniões já antes da Páscoa com um grupo de empresários do Porto, no sentido de conseguir material necessário para a recuperação das casas em causa.


Não basta solidariedade é preciso agir

«Não basta a solidariedade, é fundamental actuarmos na vida das pessoas», defendeu o autarca.
Miguel Albuquerque sublinhou a circunstância de, neste momento, ser necessário passar, para fora, uma imagem de normalidade. O Funchal está limpo e circulável. A Madeira precisa do turismo e tem de passar a ideia que está pronta para o receber.
Por outro lado, os apoios têm de chegar por forma a as zonas destruídas e as populações afectadas possam voltar a ser o que eram. |Questionado sobre se espera receber o apoio de outras Autarquias do país, inclusive cuja liderança não seja do PSD, o edil funchalense não só respondeu
que sim como garantiu que já recebeu garantia de ajuda, no valor de cem mil euros, da Câmara de Amadora.


“No PSD há democracia”, diz vice de Gaia“Cada um faz as suas opções e tem a liberdade disso”, afirmou aos jornalistas o vice-presidente da Câmara Municipal de Gaia quando confrontado com o facto de Alberto João Jardim já ter assumido, em artigo de opinião publicado no JORNAL da MADEIRA, o seu apoio à candidatura de Paulo Rangel.
Marco António, que apoia Passos Coelho, referiu que há democracia dentro do PSD e que cada um está no seu direito de apoiar quem quer.
Da parte do candidato Passos Coelho, o vice-presidente da Câmara de Gaia acredita que aquele pretendente à liderança do PSD nacional será, se for eleito, muito solidário com as Autonomias, conforme frisou no final da reunião que manteve com a Câmara Municipal do Funchal, na qual participaram algumas entidades ligadas às zonas do concelho que foram mais afectadas pelo temporal do último dia 20 de Fevereiro.



Jornal da Madeira

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