A inauguração está agendada para 26 de Março
A construção de centros sociais em todas as freguesias do Concelho de Santana obedece ao programa traçado pela actual vereação do Município liderada por Rui Moisés, ex-deputado social-democrata na Assembleia Legislativa da Madeira e principal promotor da “Cidade solidária”.
Os projectos em curso neste âmbito destacam-se pela preocupação em criar proximidades entre as populações, estimular o diálogo e a cooperação intergeracional. “Está no programa e é assim que, depois de inaugurado a 7 de Dezembro passado o Centro Social municipal do Faial, será aberto a 26 de Março o Centro Social da Silveira, na freguesia de Santana, confirmou o autarca ao Jornal da Madeira.
Efectivamente, de acordo com a Presidência do Governo Regional, a inauguração da referida infra-estrutura está já agendada para o próximo dia 26, pelas 16h00, numa cerimónia que será presidida por Alberto João Jardim.
Quanto às características e capacidades desta nova infra-estrutura, Rui Moisés explica que se trata de “um espaço aberto para todas as gerações, sobretudo para jovens e pessoas com mais idade que tenham tempo para um espaço multifacetado.” O novo centro funcionará numa antiga escola do primeiro ciclo e uma creche, desactivadas há já algum tempo. E o “público alvo destas novas construções, em termos de idade, vai dos 4 meses aos 100 anos de idade”.
Neste contexto, prevê-se a realização de “diversas actividades, com dinamização em todas as fases do ano e a preocupação de ir ao encontro das necessidades de cada um. Para os jovens haverá computadores com Internet, para fazerem os seus trabalhos”; e para os demais, “um atelier ao nível das artes domésticas, com cursos de formação específicos e também uma horta agrícola. Uma vez que temos muitas pessoas ligadas à agricultura, pretende-se que neste Centro estas pessoas se sintam válidas e possam ajudar os mais novos a visitar o espaço com estas condições de aprendizagem orientada pelos mais velhos”, referiu.
O horário normal de funcionamento será de segunda a sexta, mas “funcionrá sempre que seja necessário no sábado e no domingo para possibilitar que outras pessoas, com a sua vida profissional organizada e que não podem vir durante a semana, disponham também de acções de formação, na área da informática, por exemplo, e assistam a conferências sobre variados temas ”.
Ainda segundo Rui Moisés, estes Centros intergeracionais são um “complemento” dos serviços que se prestam à população idosa do Concelho de Santana, ao mesmo tempo que “recuperam e dão nova vida a espaços escolares desactivados.”
Nestas circunstâncias, “está previsto criar mais um Centro Social na freguesia de S. Jorge e outro no Faial. A geografia do espaço permite assim aproximar as populações dos sítios mais distantes”, considera o presidente da Câmara Municipal de Santana.
Santana, a primeira cidade do século XXI
Para além da sua vasta identidade histórica e social, Santana fica nos anais da Região Autónoma da Madeira como a “primeira cidade fundada no século XXI”.
Localizada na costa Norte da nossa ilha, é também sede de Concelho. “O seu nome deve-se à sua padroeira Sant´Ana; como freguesia foi fundada a 4 de Junho de 1552 e elevada a Concelho a 5 de Novembro de 1835.”
“Durante muitos anos inacessível por mar e terra”, a Freguesia de Santana é hoje servida por notáveis acessos rodoviários, através de ligações por túneis e vias-expresso que lhe garantem maior desenvolvimento e permitem contactos culturais de grande alcance. Refira-se por exemplo o “Parque Temático”. As “casas coberta de colmo” evidenciam também tradições sigulares; e o mesmo se diga do património cultural das outras fresguesias do Concelho: Arco de São Jorge, São Jorge, Ilha, Santana, Faial e São Roque do Faial.
“Cada freguesia relata e guarda, à sua maneira, os traços etnográficos e folclóricos mais significativos na memória das suas histórias, tradições, usos e costumes, pois é um Concelho fortemente enraizado por laços desta natureza.”
Concelho está a recuperar bem
O Concelho de Santana “está a recuperar bem dos acontecimentos trágicos do passado mês de Fevereiro. O Município continua a trabalhar nos seus projectos de desenvolvimento”, disse o presidente da Câmara Municipal ao Jornal da Madeira.
Os prejuízos materiais, ligados às acessibilidades e às produções agrícola, “numa primeira fase, estão estimados em três milhões e meio de euros”, afirma Rui Moisés.
Apesar de tudo, não houve vítimas mortais e as famílias desalojadas foram poucas.
Por outro lado, procede-se agora à “monitorização das situações, com o apoio do Laboratório de Engenharia Civil e da Direcção Regional de Infraestruturas, para uma inventariação completa das situações”, confirma o autarca.
Estão neste caso, “as pontes públicas, aquelas do domínio da Via-Expresso, da Via- Litoral, das Estradas da Madeira, mas também as municipais e pedonais, para que se tenha um conhecimento real.”
“Em termos de recuperação estamos a caminhar bem e com normalidadas vamos dando as respostas necessárias”, garante o presidente do Munícipio de Santana, Rui Moisés.
Jornal da Madeira
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