quarta-feira, 24 de março de 2010

RAM quer integrar OSPAR

Convenção para a Protecção do Ambiente Marinho do Nordeste do Atlântico







A inclusão da Madeira na Convenção para a Protecção do Ambiente Marinho do Nordeste Atlântico seria benéfica para a Região, considerou ontem João Correia, momentos antes do início da reunião informal da OSPAR. O representante de Portugal neste organismo, Ricardo Santos, elogiou a Madeira por esta «dar cartas» a nível internacional na protecção dos habitats naturais marítimos.



AA Madeira e as Canárias poderão integrar a Convenção OSPAR - Protecção do Ambiente Marinho do Nordeste Atlântico, cuja reunião de carácter informal decorre no Funchal. Há o interesse deste organismo em se expandir para sul e, se tal acontecer, há uma forte possibilidade dos dois arquipélagos integrarem a OSPAR, que já conta com a integração dos Açores.
O director regional do Ambiente relevou, aos jornalistas, momentos antes à sessão de abertura dos trabalhos, que «é do interesse regional e da própria convenção alargar o âmbito de protecção do meio marinho à região mais central do Atlântico e, potencialmente, incluir a Madeira e as Canárias».
Contudo, João Correia esclareceu que a reunião de trabalhos no Funchal não inclui na sua agenda esta pretensão. João Correia considerou que a inclusão da Região na OSPAR será benéfica. «Todas as medidas de protecção do meio marinho que englobam compromissos internacionais só nos poderão beneficiar uma vez que estamos a falar de recursos naturais. Sendo uma ilha no meio do atlântico, estamos dependentes dos recursos marinhos e tudo o que seja feito para salvaguardar esse recurso fundamental, e garantir a sua sustentabilidade é bem-vindo», salientou o director regional do Ambiente, momentos antes à abertura da reunião dos representantes dos seis países signatários na OSPAR: Alemanha, França, Reino Unido, Holanda, Espanha e Portugal, e das organizações não governamentais do Fundo Mundial para a Vida Selvagem – WWF, Autoridade Internacional para o Leito do Mar, Comissão Baleeira Internacional, Comissão de Pescas do Oceano Atlântico nordeste, União Internacional para a Conservação da Natureza – IUNC e Instituto da Conservação Biológica Marinha.
O representante português na OSPAR reconheceu que há a intenção de incluir a Madeira e as Canárias na convenção, lembrando que, para tal, tem de haver formalização dessa intenção por parte dos governos regional e da República. O responsável elogiou, por outro lado, o trabalho desenvolvido pela Madeira ao nível da protecção de espécies marinhas. «A Madeira dá cartas a nível internacional em relação das áreas protegidas que tem, que são bem geridas e que têm dado grandes contribuições para a preservação da biodiversidade», enalteceu Ricardo Santos.
Em debate até amanhã está a proposta de área marinha protegida para a Zona de Fractura Charlie Gibbs (uma extensa característica topográfica situada perpendicularmente à Crista Médio-Atlântica, a 52º N a meio caminho entre a Islândia e os Açores), na qual se incluem propostas no âmbito da Convenção OSPAR para a criação de Áreas Marinhas Protegidas em águas para além das jurisdições nacionais.




Jornal da Madeira

http://www.ospar.org/

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