Luís Santos Costa a propósito da reconstrução
O secretário do Equipamento Social da Madeira disse ontem, em entrevista à Lusa, que os «eventuais defeitos que haja na ocupação do solo são corrigíveis» e as autoridades «saberão colher as lições que estas cheias trouxeram em relação aos aspetos menos conseguidos da nossa intervenção no território».
«Não fizemos tudo bem, mas o que fizemos não foi a causa daquilo que nos aconteceu, que é um fenómeno da natural», realçou Luís Santos Costa, sublinhando ser impossível a Madeira ficar totalmente defendida deste tipo de fenómenos, pelo que «as coisas só podem ser melhoradas através duma ocupação correcta do território».
Luís Santos Costa adianta que a reconstrução das infra-estruturas que foram atingidas pelo temporal é uma das prioridades, mas defende a «reposição numa perspectiva de futuro» de modo a «prevenir eventos futuros».
As ribeiras, as pontes e outros atravessamentos poderão ter «soluções arrojadas, diferentes das actuais, reduzindo ao máximo a cobertura dos cursos de água para garantir que zonas de vazão funcionem de forma adequada», salienta.
No concelho da Ribeira Brava, outra das zonas atingidas pelo temporal, é necessário «disciplinar» o curso de água «para proteger as zonas habitadas», admitindo a demolição de algumas construções que «sejam impossíveis proteger».
O governante rejeita ainda as críticas dos ambientalistas sobre a extração dos inertes das ribeira, considerando que é «necessário assegurar que esses materiais não chegam às zonas ocupadas em termos humanos, comerciais e industriais».
Jornal da Madeira
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