terça-feira, 19 de janeiro de 2010

UMa vai estabelecer parcerias no exterior

Contactos com universidades de grande mérito estão em curso







A Universidade da Madeira vai alargar o seu leque de parcerias com instituições de Ensino Superior do exterior, à semelhança do que já faz com a “Cargenie Mellon”. Os estabelecimentos em questão já estão escolhidos, mas, neste momento, tudo está em fase inicial de negociações. A ideia, explica o reitor da UMa, Castanheira da Costa, passa por atrair estudantes estrangeiros de várias partes do mundo.
O reitor considera que, aliás, «parte do futuro da UMa está, precisamente, no desenvolvimento de cursos de mestrado, sobretudo de nível internacional».
«Já temos um a funcionar nesses termos, que é o que temos com a Cargenie Mellon. A nossa ideia é, num futuro próximo, avançar com mais propostas de parcerias, mas eu não as posso, por agora, divulgar», reitera.
Isto porque, segundo aquele responsável, «se o objectivo é atrair estudantes de todo o mundo, a UMa tem de avançar com parcerias com entidades que sejam muito credíveis e é nesse sentido que estamos a trabalhar».
Castanheira da Costa realça ainda que «a aposta nos mestrados já é significativa». «Nós já temos 500 alunos, por ano lectivo, (incluindo pós-graduações de menor dimensão), a frequentar mestrados, o que já é um número muito interessante. Temos ainda algumas pessoas a fazer cursos de pós-doutoramentos», explica.

Mestrados de Psicologia e Economia

Recentemente, houve críticas envolvendo dois mestrados, devido a atrasos e anulação, respectivamente: um de Psicologia Clínica e o outro de Economia.
Quanto ao primeiro, trata-se, recorda o nosso interlocutor, de uma iniciativa conjunta da Universidade da Madeira, da Universidade dos Açores e da Universidade do Minho. «Na altura em que isso se passou tive reuniões com os estudantes e o que eu lhes disse foi que da nossa parte estava tudo resolvido, o protocolo com as outras universidades foi assinado em devido tempo, e aquilo que ficou combinado foi que seria a Universidade dos Açores a submeter o processo ao Ministério da Ciência e do Ensino Superior, para aprovação. Já o foi, agora estamos à espera de uma indicação do Ministério», destaca.
Por outro lado, «na área da Economia, houve um mestrado que esteve para funcionar, mas foi comunicado à Reitoria, pouco tempo antes das aulas se iniciarem, pelo responsável pelo funcionamento do curso, que não estavam reunidas as condições para o mesmo».
«Quando um responsável me diz que não há condições, é que não as há e só me resta encerrá-lo rapidamente para que os alunos não sejam prejudicados. Agora, vamos ver se estão reunidas as condições para tal e para ver se o mesmo cumpre com as regras que definimos à partida para a efectivação de quaisquer mestrados», acrescenta.
Recentemente, nos Açores, o ministro da Ciência e Ensino Superior, Mariano Gago, aconselhou a universidade local e outras nacionais a seguir o exemplo da Madeira, no que se refere a parcerias com entidades externas e à realização de mestrados.

Estratégia elogiada

Castanheira da Costa gostou do que ouviu e destaca: «O senhor ministro, o que disse, é que a estratégia da Universidade da Madeira, em termos de pós-graduações e em termos de abertura ao exterior, em termos de parcerias com instituições internacionais, em termos de constituição de um corpo docente internacional (nessa parceria com a Cargenie Mellon temos um corpo docente totalmente internacional), é que esse tipo de iniciativas é muito mais promissor para uma universidade do que o modelo clássico a que estávamos habituados. O que o senhor ministro fez, ao fazer aquele elogio, foi no sentido de prosseguirmos a nossa estratégia». De futuro, sublinha, «a ideia passa por reforçar essa estratégia».

Doutoramentos também estão a aumentar

Castanheira da Costa realça também que o número de doutoramentos também está a aumentar em muito no País.
«Antigamente, havia poucos e só os faziam quem quisesse ingressar na carreira universitária, hoje em dia já não é assim. Há muita gente que faz o doutoramento mas que depois opta pelo mercado normal de trabalho. As coisas mudaram muito», sublinha.
Por isso, diz, «não se pode olhar para estas licenciaturas como se olhava para as de antigamente, nem se pode dizer que estas não são licenciaturas». «É uma realidade diferente», conclui.



Jornal da Madeira

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