segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Tarifas aéreas baixas potenciam maior procura pela Região



Visitantes da Bolsa de Turismo de Lisboa sabem que para a Madeira há voos mais baratos
Data: 18-01-2010

Terminou ontem em Lisboa a Bolsa de Turismo. O primeiro balanço é bastante positivo para a Madeira e outra coisa não seria de esperar, já que da parte dos operadores e dos agentes de viagens as opiniões que tínhamos recolhido davam conta de que o nosso arquipélago continuará este ano com boa procura, mantendo os índices do ano passado, nomeadamente na Páscoa, na Festa da Flor e no Verão.

No fim-de-semana a feira esteve aberta ao público em geral, que embora tenha acorrido em menos número do que nos últimos dois anos, deu uma preferência muito grande pelos destinos nacionais. Há, na verdade, um esforço de qualificação notável da parte das diversas regiões turísticas nacionais e dos empresários que desenvolveram projectos nesses locais. A Bolsa de Turismo de Lisboa mostrou precisamente que há uma nova oferta, que se abre cada vez mais ao turista interno e que o convida para fazer férias no seu País, com muita dignidade e sem ficar atrás de outros destinos no estrangeiro mais propagados, que pouco mais oferecem do que o facto de estarem separados de Portugal por algumas horas de avião.

Esta era a resposta que se esperava dos parceiros nacionais do turismo, numa ocasião em que sair do País é cada vez mais caro e, talvez, desaconselhável face à situação de crise que vivem muitas famílias portuguesas de classe média.

Os destinos portugueses apresentaram pavilhões de grande qualidade, em termos de desenho e, também de animação, que, sobretudo no fim-de-semana, encheu os pavilhões da Feira Internacional de Lisboa de movimento, cor e alegria. Isso passou-se também no da Madeira, onde, como temos noticiado, tiveram lugar diversas acções de carácter desportivo e recreativo, que entusiasmaram sobretudo os jovens que visitaram a feira. No sector de distribuição de literatura sobre a Madeira e o Porto Santo foi também muito grande a movimentação de pessoas, não só para recolherem diversas publicações que estavam a ser disponibilizadas, mas também para fazerem perguntas concretas sobre o arquipélago, o que mostra interesse e alguma pré-disposição para visitá-lo. Facto curioso e que assinalamos é o de muitas pessoas, nomeadamente os casais de idades entre os 30 e 50 anos, mostrarem conhecimento de que agora existem voos para a Madeira a preços mais baratos e que podem ser reservados pela Internet através de companhias nacionais TAP e SATA e da britânica EasyJet. Encontrámos até alguns desses casais que já tinham feito mais de um fim-de-semana na Madeira aproveitando essas facilidades e as campanhas de promoção de alguns hotéis madeirenses.

Quanto à promoção e ao conhecimento do arquipélago da Madeira e das suas características, duma forma particular as suas lindas paisagens e as condições que oferece para passeios a pé e actividades de contacto com a Natureza, digamos que a mensagem está passada, se bem que o trabalho de manutenção deva prosseguir. Agora caberá aos comerciais dos hotéis e das agências de viagens colocarem no mercado o produto e criar condições para que a Madeira continue a vender-se bem no continente.

Dos contactos havidos em Lisboa com diversos operadores turísticos, quer da parte das entidades oficiais responsáveis pela promoção, quer da parte dos hoteleiros e agentes de viagens as perspectivas são boas. A concorrência está viva e atenta, mas a verdade é que a Madeira tem conseguido nos últimos meses surgir no mercado nacional e elevar o nível de qualidade da sua hotelaria e focar a hospitalidade que os madeirenses dispensam a todos os visitantes, fugindo a alguns anti-corpos que, por via política ou partidária, se criaram nestes últimos anos, entre as ilhas e o continente. O caminho da democracia tem conseguido separar as águas e unir o que, aliás, nunca esteve desunido.


DN Madeira

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