domingo, 17 de janeiro de 2010

Reparações começam nos próximos dias

Governo está a concluir operações de limpeza dos estragos causados pelos temporais







A Secretaria Regional do Equipamento Social vai iniciar, nos próximos dias, as obras de reconstrução das muralhas de ribeiras e dos acessos danificados pelos temporais de Dezembro último.
Santos Costa, secretário regional do Equipamento Social, lembra que as operações de limpeza estão quase terminadas, pelo que agora, avançar-se-á para a próxima fase. O governante acentua ainda que não estão quantificados os estragos, admitindo contudo que são de alguma monta, sobretudo no concelho de São Vicente.
O governante reitera que foi naquele território que, em termos de infra-estruturas, houve mais estragos causados pelo mau tempo. Santos Costa lembra que a chuva caiu sobretudo no maciço central, afectando o vale de São Vicente, onde, por exemplo, no dia 22 de Dezembro (o mais problemático), os postos pluviométricos registaram 90 milímetros por metro quadrado de chuva, o que é um valor anormal. Mas, ainda naquele concelho e segundo os mesmos postos, no mês de Dezembro choveu 1.400 milímetros por metro quadrado.
«São números anormais, com a agravante da chuva se ter concentrado no vale de São Vicente e em certas zonas da Boaventura, o que provocou a queda e arrastamento de árvores e pedras, com as consequentes derrocadas e inundações, que colocaram em perigos infra-estruturas públicas e moradias. Houve também uma situação problemática na Boaventura, no sítio do Lombo do Urzal», sublinha.
Santos Costa recorda que as freguesias da Ribeira da Janela e do Faial também foram afectadas, embora os estragos sejam de menor dimensão. Também na Madalena do Mar as águas da ribeira galgaram as margens, junto à foz, provocando também prejuízos.
No litoral, o mar também fez das suas. Na Calheta, o calhau invadiu a praia de areia e o enrocamento de protecção sofreu alguns estragos.
Na Ponta do Sol, assistiu-se ao galgamento do mar, que destruiu o restaurante da praia, com estragos no enrocamento. No Funchal, os complexos balneares foram afectados, sobretudo o da Barreirinha.
Santos Costa sublinha que a maior preocupação foi acudir aos casos mais graves, que colocavam em causa habitações, indústrias e comércio, bem como as áreas marginais às ribeiras. E acentua que, neste período de limpezas e resposta aos estragos, o Governo teve 28 máquinas e 32 camiões a trabalhar, inclusive na regularização dos cursos de água.
O governante sublinha que a maior parte das situações estão resolvidas. «Os casos urgentes estão resolvidos, falta agora solucionar uma outra situação», garante.
«Depois da limpeza e da reabertura dos acessos (ainda anteontem reabriu ao trânsito o troço de via expresso entre o Laranjal e a vila de São Vicente, após a conclusão do desvio temporário, que permite restabelecer o tráfego), vamos avançar para a reparação das infra-estruturas», destaca.
A SRES vai recuperar as muralhas destruídas (São Vicente, Faial e na Ribeira da Janela), acessos danificados e ainda construir novos muros de protecção em zonas onde haja habitações potencialmente ameaçadas pelas ribeiras (em São Vicente, nos sítios da Vargem, Rosário e Ribeira Grande). Também na Ribeira Brava haverá reforço de muralhas.
No litoral, concluída a limpeza, serão reparados, acrescenta Santos Costa, os enrocamentos da Ponta do Sol e da Calheta e limpa a praia e reforçado o areal da Calheta.



Jornal da Madeira

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