quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Radioterapia vai ter unidade de radiocirurgia

É anunciado a 3 de Fevereiro


A Unidade de Radioterapia do Funchal, que fez tratamentos a 450 doentes em 2009, prepara-se para acolher uma Unidade de RadioCirurgia. O anúncio deste investimento deverá ser feito em Fevereiro. Esta unidade poderá tratar, por exemplo, pequenos tumores crebrais que estejam alojados em locais difíceis de operação. A unidade vai funcionar em parceria com o Hospital Central do Funchal






A Unidade de Radioterapia do Funchal vai anunciar, a 3 de Fevereiro, a criação de uma Unidade de RadioCirurgia, a qual funcionará nas mesmas instalações, em Santa Rita. Trata-se de um investimento orçado em mais de 500 mil euros que tem por objectivo o de fazer o tratamento de «coisas relativamente pequenas». Ou seja, segundo disse ao JORNAL da MADEIRA, o responsável daquela Unidade de Radioterapia, Guy Vieira, poderá tratar, por exemplo, pequenos tumores cerebrais que estejam em locais difíceis de ser operados. Para a concretização deste tipo de tratamentos, a Unidade de Radioterapia contará com uma parceria com o Hospital Central do Funchal.
Entretanto, Guy Vieira diz-nos que em 2009, foram tratadas, na Unidade de Radioterpaia do Funchal, cerca de 450 pessoas. O balanço, como é óbvio, só pode ser positivo, não só por causa dos gastos que se deixa de ter com a deslocação dos doentes para território continental, como também devido ao facto de os mesmos não serem obrigados a deslocar-se para um ambiente que desconhecem.
«As pessoas da Madeira não precisam de sair do seu meio e gastam aqui, na Unidade de Radioterapia, pouco mais de 10 minutos», explica Guy Vieira, o qual acrescenta ainda que não há lista de espera para fazer radioterapia na Madeira. A Unidade de Radioterapia possui dois aceleradores lineares. Este tipo de tratamento era feito, em tempos idos, com máquinas de raixo x. Houve uma evolução para a utilização de bombas de cobalto.
Actualmente, utiliza-se a mais moderna tecnolologia com aceleradores lineares, os quais permitem um tratamento mais eficaz e seguro.
Na Unidade de Radioterapia do Funchal, que foi inaugurada há cerca de um ano, trabalham dois médicos, dois físicos, 8 técnicos de radioterapia, 3 auxiliares e 3 recepcionistas. Esta equipa está ligada à Radioterapia propriamente dita. Já no que se refere à Medicina Nuclear, há ainda ao serviço um técnico e três especialistas que, não sendo da Madeira, vão rodando nas suas deslocações à Região.
Não se pense que os utentes da Unidade de Radioterapia do Funchal são todos doentes oncológicos. No entanto, a larga maioria o é, sendo que por ali passam pessoas com todo o tipo de cancro.
O cancro mais comum a ser tratado naquela unidade é o conhecido por “cabe-pescoço”, e que está associado, embora haja excepções, como é óbvio, aos problemas de alcoolismo.
Guy Vieira admite, também, que há cada vez mais jovens vítimas de cancro. Este tipo de serviços, como a Unidade de Radioterapia do Funchal, não é frequentado, ao contrário do que se possa pensar, por gente menos nova. A verdade é que as doenças oncológicas estão a afectar cada vez mais, pessoas em tenra idade. No entanto, também é verdade que os tratamentos existentes são cada vez mais eficazes pelo que o doente não deve nunca baixar os braços.


Radioterapia sem radiações a mais, garante Guy Vieira

Recentemente, um artigo publicado num jornal nacional dava conta de que há médicos que mandam fazer exames a mais, pondo os doentes sujeitos a radiação excessiva. Instado a comentar esta matéria, Guy Vieira diz que em termos de radioterapia, «está tudo contabilizado para ser a dose certa».
«Antes de tratarmos qualquer doente, fazemos o teste dosemétrico. Se a máquina não estiver calibrada, não tratamos ninguém», garante o responsável da Unidade de Radioterapia do Funchal.
Este teste é feito diariamente.
Para além disso, de três em três meses, a máquina é aberta e alvo de uma profunda revisão».
Guy Vieira lembra que os tratamentos são milimétricos, sendo que a margem dada para afectar o menos de tecido possível é sempre cumprida à risca.




Jornal da Madeira

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