quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Passagem de Ano positiva para a Hotelaria da Madeira

Ocupação e receitas foram superiores às do reveillon de 2008-2009
Data: 06-01-2010




Os portugueses contribuíram de forma significativa para o sucesso da hotelaria madeirense nas festas da Passagem de Ano. Embora não se disponham de números oficiais ou sequer provisórios, o DIÁRIO apurou que os turistas nacionais afluíram em elevado número à Madeira, resultado também do maior empenho dos operadores e agentes de viagens portugueses.

Numa ronda feita pelos principais grupos hoteleiros e unidades de alojamento da ilha pudemos também confirmar que de uma maneira geral as ocupações e as receitas foram boas e até surpreenderam alguns empresários que receavam que a conjuntura económica desfavorável pudesse influenciar as excelentes médias de ocupação que, tradicionalmente, se verificam no 'Reveillon' madeirense. Este ano, apenas os atrasos dos aviões, motivados por situações meteorológicas adversas nos dias a seguir ao Natal conseguiram afectar o pleno em algumas unidades, levando a que alguns poucos turistas continentais, tivessem optado por não viajar, já que os seus programas eram de quatro noites.

António Trindade, presidente do Grupo Porto Bay, que detém cinco unidades de qualidade superior na Madeira, registou alguns cancelamentos devido ao mau tempo. Contudo, o desempenho e a ocupação foram excelentes, se tivermos em conta que num universo de 824 quartos apenas 2,2% não foram ocupados na noite do Fim do Ano. Uma ocupação de 97,8%, o que leva António Trindade a considerar que foi um resultado muito bom. Quanto ao ano, em termos globais, adiantou-nos que os resultados serão idênticos aos de 2008. Todavia, no caso do cinco estrelas Villa Cliff, fechou o ano com uma ocupação de 88%, a melhor de sempre e acima das médias da concorrência local. Quanto ao ano que agora começa, Trindade diz que as indicações são positivas, mas que é cedo para ter uma visão concreta do que se vai passar.

Grupo Pestana esgotou eventos

Luigi Valle, vice-presidente do Grupo Pestana, com nove hotéis na Região, diz que este 'Reveillon' foi melhor do que no ano passado. Em termos de ocupação e de receitas. As oito unidades do Funchal estiveram cheias entre os dias 28 de Dezembro e 1 de Janeiro e em termos de eventos e de animação todas as iniciativas tiveram sucesso e vendas esgotadas. Citou as noites de 29, 30 e 31 no Restaurante do Casino da Madeira, com um grupo musical internacional, com médias de 400 jantares, a noite de 'Reveillon' no Casino Park, com 600 jantares e na discoteca Copacabana, também com casa cheia até ao alvorecer. Em termos de ocupação e de receitas o Grupo Pestana melhorou em relação a 2008-2009, concluiu Luigi Valle.

Ainda no segmento dos hotéis de cinco estrelas, os directores do Reid's Palace e do Royal Savoy revelaram-nos que as ocupações e as receitas originadas pelo alojamento baixaram no período de Natal e Ano Novo. Sandro Fabris quantifica que a quebra no Reid's Palace andou pelos 5% em relação ao ano passado, mas com aumentos no sector de restauração e bares. Os últimos três dias do ano estiveram a 95%, quando em igual período do ano anterior a ocupação era total. Graça Guimarães, por seu lado, confirma que as vendas baixaram 12% nesse mesmo período, havendo ainda alguns cancelamentos devido aos atrasos dos voos e inoperacionalidade do aeroporto.

João Sanches, director do Tivoli Madeira, teve um 'Reveillon' com muitos portugueses (mais de metade da sua clientela) e uma ocupação de 96,2% na noite de São Silvestre (de um total de 317 quartos e suites). Os números deste ano são ligeiramente superiores aos do ano passado.

'The Vine': ano terminou bem

O 'The Vine', o novo cinco estrelas da cidade do Funchal, continua a sua caminhada de sucesso, num primeiro ano que tem trazido várias alegrias à administração e direcção da unidade. Depois de alguns prémios internacionais que contemplam sobretudo o conceito de design do hotel, a Passagem de Ano foi com casa cheia. O administrador Gonçalo Henriques confirmou-nos a boa performance do hotel e do seu serviço, que cobrou nas cinco noites de estada obrigatória do seu programa de Passagem do Ano tarifas adequadas à qualidade do alojamento e do seu serviço. Por outro lado, também o restaurante gourmet 'Uva' e os bares do 'The Vine' tiveram uma procura muito grande com alguns dias de lotação esgotada, acrescentou Gonçalo Henriques.

Sérgio Costa, director hoteleiro do grupo Four Views (Hotéis Baía, Monumental e Oásis), também nos confirmou que os seus hotéis estiveram cheios nas quatro noites de 28 de Dezembro ao dia 1 de Janeiro (787 quartos). No Baía (ex-São João) a clientela era maioritariamente portuguesa. Os jantares de 'Reveillon' tiveram salas completas num total de cerca de 1.300 pessoas na três unidades.

Meliã: Primeiro ano fecha a 43%


Outros dois hotéis de cinco estrelas, o Meliã Madeira Mare e o Choupana Hills também registaram boas ocupações na Passagem do Ano. Carlos Martins, director-geral do Meliã, diz que teve os 220 quartos e suites do hotel ocupados a 100% na noite de 31 de Dezembro. No dia anterior estava a 90%, mas no dia 1 de Janeiro a ocupação já tinha descido para os 70%. Quanto aos preços manteve os do ano passado, de acordo com as previsões de estagnação no mercado. De qualquer modo o director do Meliã Madeira Mare manifestou-se satisfeito, sobretudo pela grande penetração do hotel no mercado nacional (85% da clientela) e de espanhóis por via da parceria com a cadeia espanhola. No primeiro ano completo de actividade, Carlos Martins fechou 2009 com 43% de ocupação média. Um resultado aceitável em tempo de abertura. No Choupana Hills apenas esteve vago um dos 62 alojamentos da unidade. Duarte Bon de Sousa diz que as receitas baixaram um pouco, mas de uma maneira geral a operação destes dias de festas estiveram ao nível do ano passado.


DN Madeira

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