novo título permitirá, por dois euros e meio, o acesso a todas as áreas ajardinadas, jardins de infância, bem como o acesso aos restaurantes do recinto
A O Parque Temático da Madeira, uma obra da Sociedade de Desenvolvimento do Norte, organismo tutelado pela Vice-Presidência do Governo Regional, acaba de lançar o “cartão residente”. De acordo com o director do referido recinto, trata-se de um produto com duas versões, uma para mulheres e, outra, para homens. No fundo, tal como explicou Tiago Feitas, trata-se de um título que custará 2,5 euros e que permitirá às pessoas poderem visitar, durante o ano inteiro, as áreas ajardinadas, jardins infantis e acesso à restauração do parque e Ateliers do Artesanato.
Para obter esse cartão, tal como referiu o director do Parque Temático da Madeira, basta que seja residente na Região, o que é facilmente verificável com o Bilhete de Identidade, ou outro documento com fotografia, e preencher um formulário próprio, que é disponibilizado pelos serviços.
Até ao momento, tal como recordou, havia três passes anuais, nomeadamente, o normal, cujo custo é de 30 euros, o júnior e sénior, ambos de 24 euros. São títulos que, segundo Tiago Freitas, permitem a que o visitante possa visitar o Parque Temático da Madeira as vezes que quiser, entrando nos pavilhões e atracções. O que já não acontece com a nova modalidade que arrancou este ano, que não dá acesso às atracções.
No âmbito de novas atracções previstas para este ano, Tiago Freitas fala no desejo de promover uma exposição, dentro do moinho de água, explicando aos turistas como é que aquele moinho funciona. De salientar que o Parque Temático da Madeira «possui um moinho de água que, sobretudo aos fins-de-semana, é colocado a funcionar, moendo os cereais que são levados, depois, para a “Casa de Santana”, onde ali é feito o pão e oferecido aos nossos visitantes, ao sábado e ao domingo».
O objectivo, de acordo com Tiago Freitas, é o de «dar a conhecer este mecanismo artesanal, muito bem elaborado, com uma mecânica muito peculiar, muito própria. Por isso, penso que seria muito importante darmos a conhecer esta peça, porque essa é também a nossa obrigação».
Segundo referiu, essa exposição já está a ser preparada, tendo sido feitas várias fotografias do artesão a utilizarem estes moinhos de água, por forma a mostrarem aos visitantes, de uma maneira muito simples, como é que eles funcionam e os utensílios próprios.
Outra preocupação para este ano prende-se com as áreas ajardinadas. De acordo com Tiago Freitas, o Parque Temático da Madeira está a proceder à selecção e plantio de plantas que, ao longo de todo o ano, possam embelezar e dar um colorido diferente e mais atraente ao recinto.
Comboio do Monte já tem estação
O “comboio do Monte”, do Parque Temático da Madeira, já tem estação. Segundo o director da referida instituição, «o “comboio do Monte” é um veículo que está destinado a fazer viagens pelo recinto. Mas, não tinha um apeadeiro condizente com o valor da atracção. Não só para abrigar os passageiros das condições climatéricas, mas para criar, também, um espaço pitoresco».
Por isso, rematou Tiago Freitas, «resolvemos construir uma réplica da estação do “comboio do Monte”, onde as pessoas se têm divertido imenso, a fazer fotografias e a estarem ali a desfrutar aquele espaço a aguardar a sua vez para realizar a viagem pelo recinto».
A par da estação, o director do Parque Temático diz também que foi criada um espaço, na zona do lago artificial, onde existem as canoas, foi reservada uma área destinada a pequenas caravelas telecomandadas. Ali, tal como referiu, o visitante poderá pôr à prova os seus dotes ao “leme” do navio e cumprir todas as etapas que lhe são pedidas ao longo de, aproximadamente, três minutos.
De acordo com Tiago Freitas, esta atracção, que tem já cerca três meses, e apesar de não estar incluída no valor do bilhete — custando 50 cêntimos, tem feito um grande sucesso entre os visitantes mais pequenos, mas também entre os graúdos que aceitam este desafio de perícia e aventura.
Novo pavilhão vem contar história do porto
O pavilhão “Raízes da Madeira” é, neste momento, de acordo com o Director do Parque Temático, «o único teatro virtual que a Região dispõe e talvez seja, mesmo, o único teatro virtual que exista no nosso país».
Este espaço, tal como referiu, surge no auditório natural do parque. De acordo com Tiago Freitas, «a zona onde estavam incluídos os camarins, e tudo o resto, foi reformulada, para nascer este pavilhão que, no fundo, é um espaço onde se explica a história do porto da Madeira».
Essa história, conforme afirmou, «vai desde o período dos descobrimentos até aos dias de hoje, explicando, de forma inteligente e divertida, a evolução do porto, mostrando a evolução do porto e a importância que ele teve para os vários ciclos económicos da Região e, também, explicando a importância que tem um porto para uma ilha».
Segundo Tiago Freitas, «estão ali criadas, durante cerca de sete minutos, um conjunto de encenações que permitem perceber toda a evolução do porto e toda a evolução da cidade e da ilha através do seu porto marítimo. A história da Madeira também se pode contar pelos olhos do seu porto».
O director do parque temático diz estar entusiasmado com este novo produto, que foi lançado em finais do mês de Novembro, o qual, segundo revelou, tem registado uma grande procura e tem correspondido às expectativas dos visitantes, que saem satisfeitos daquele espaço.
De referir que, o final do espectáculo no pavilhão “Raízes da Madeira” é assinalado com fogo-de-artifício o que, segundo Tiago Freitas, «tem deixado as pessoas muito satisfeitas, pelo grau de realismo e envolvimento que é proporcionado. É um final muito emotivo e as pessoas têm saído muito satisfeitas».
Diversos melhoramentos em 2009
O Parque Temático foi alvo de várias intervenções em 2009. Um dos melhoramentos ocorreu no pavilhão “Um mundo de ilhas — as ilhas do mundo”, que é considerado um dos espaços que melhor ilustra a história da Madeira e a sua cultura. Tal como referiu o director do parque, «foi melhorada não só a parte de cenografia, como também, através de dois grandes ecrãs, projectar uma luz que delimita cada concelho, explicando cada concelho e respectivas freguesias. Isto vai um pouco ao encontro do nosso público, que pode, agora, perceber um pouco melhor a divisão dos concelhos e freguesias da Região».
No pavilhão do “Futuro da Terra”, tal como afirmou Tiago Freitas, «havia, anteriormente, um filme que se chamava “Houve um dia”. Era um filme que apelava a que os visitantes do parque ficassem mais sensíveis às questões ambientais. Em 2009, decidimos criar «uma máquina do tempo, onde o visitante é convidado a fazer uma viagem até à ilha da Madeira no ano de 2419, precisamente, mil anos após a ilha ter sido descoberta por Gonçalves Zarco».
Esta é uma viagem que, de acordo com o director do Parque Temático, «vai permitir, dentro de uma cenografia que foi toda ela criada. Entrar neste espaço dá a sensação de estarmos a entrar numa nave da “Star Wars”. Foi, de facto, um trabalho extremamente bem feito do ponto de vista da cenografia».
Jornal da Madeira
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