O Novo Hotel será construído no espaço de 3 anos e deverá abrir no final de 2012
Data: 07-01-2010
As obras de demolição do Hotel Savoy Clássico tiveram início na passada segunda-feira, dia 4 de Janeiro. Um empresa nacional especializada nesse tipo de trabalhos, contratada pela construtora Casais a quem foi adjudicada a obra de construção do novo complexo hoteleiro da SIET, está no terreno e os seus técnicos e operários procedem agora ao desaparelhamento do velho hotel, nomeadamente de equipamentos e decorações, com vista ao trabalho de desmoronamento das paredes e estruturas que actualmente suportam o edifício e que deverão decorrer até ao próximo Outono.
Como temos noticiado, o velho Savoy, acrescentado e aumentado por, pelo menos, três vezes, no século passado, não oferecia condições, em termos de estrutura para servir de base a um novo edifício, se bem com um projecto arquitectónico diferente. Por essa razão os investidores optaram pela total destruição do actual edifício do Savoy Clássico (nome que adquiriu depois da abertura do Hotel Royal Savoy, da mesma empresa), do Hotel Santa Isabel e dos Apartamentos Royal, na mesma área. Colocou-se ainda a hipótese do velho hotel poder ser implodido. Contudo tratava-se de um trabalho que apresentava riscos, dada a estrutura irregular do prédio actual, motivada pelos diversos acrescentos. Por outro lado, o insucesso de um trabalho deste tipo poderia ter ainda outras complicações na área, em cujos arredores estão algumas unidades hoteleiras de qualidade superior.
As obras demoraram a arrancar, pois face a alguma polémica política-partidária que envolveu o processo de licenciamento, a administração da SIET-Savoy sempre manifestou a intenção de apenas começar a obra quando estivessem todas as licenças e autorizações formalmente atribuídas.
Em recentes declarações ao DIÁRIO, publicadas na edição de 25 de Novembro passado, o comendador Horácio Roque, presidente do Conselho de Administração da empresa proprietária do hotel reconheceu que é impossível evitar perturbações, mas garantiu "que tudo será feito para perturbar o mínimo possível". "Aquela é uma zona nobre da cidade e, obviamente, iremos tomar todos os cuidados para perturbar o mínimo possível a vida dos cidadãos e dos próprios turistas", garantiu.
O Savoy Clássico foi encerrado no passado dia 11 de Maio, num processo de despedimento colectivo que levou à dispensa de mais de uma centena de trabalhadores. A maioria dos casos foram resolvidos por negociação entre as partes, mas restam ainda cerca de 40 desses trabalhadores que recorreram aos tribunais e que aguardam solução para os seus casos, segundo fontes sindicais.
Nos últimos meses a administração da SIET promoveu a venda de parte do mobiliário do velho Savoy, o que motivou o interesse de muitos madeirenses. Segundo soubemos foram guardados muitos movéis e objectos de decoração do recheio, que voltarão a ser reutilizados na decoração do novo complexo hoteleiro. Diverso equipamento de áreas técnicas do hotel foi também oferecido a instituições de solidariedade social regionais.
Novo Hotel SAVOY abrirá no final do ano do centenário
O primeiro Hotel Savoy foi aberto em 1912. A unidade que preenche um capítulo muito importante da história do turismo madeirense, sofreu diversas beneficiações, quer em termos de ampliação, quer de modernização dos seus equipamentos e redecoração dos seus espaços. Foi nos últimos quarenta anos um dos hotéis mais luxuosos da Madeira e com melhor qualidade de serviço, comentado e elogiado por prestigiados clientes e pelas mais importantes publicações do sector hoteleiro. Um hotel de referência onde se formaram centenas de profissionais que seguiram para outras unidades locais e nacionais e para o estrangeiro, dignificando a Hotelaria da Madeira.
Nos últimos anos e depois das várias ampliações o Savoy Clássico tinha 337 quartos e suites distribuídos por nove dos 13 pisos. Disponha ainda de amplas instalações para a recepção de eventos, nomeadamente congressos e conferências.
O novo Savoy subirá mais três andares do que o actual, e terá uma disposição diferente no terreno. A oferta será de cerca de 420 unidades de alojamento. A expectativa de custos cifra-se em 120 milhões de euros, embora aquando do lançamento do projecto, com melhor situação económica, se tenha falado de que custaria 170 milhões de euros.
A intenção de Horácio Roque e Joe Berardo, os dois investidores que lideram o Grupo SIET, é fazer um hotel que tenha a mesma qualidade, em decoração e serviço, que sempre caracterizou a actividade do velho Savoy Clássico.
Parte do novo hotel será comercializada em 'time-sharing', tal como aconteceu com o Royal Savoy, do mesmo grupo. O escritório de vendas está localizado, provisoriamente, no local onde antes existia a recepção do Hotel Santa Isabel, cuja estrutura principal será demolida nestes primeiros meses.
A responsabilidade do sector 'time-sharing' foi atribuída à Internal International', que já tinha ganho igual negócio no Royal Savoy.
DN Madeira
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