quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Hospital privado do MMC conta 7 novas propostas

Depois de esgotada a possibilidade de avançar com a HPP e os Espanhóis da USP







O grupo “Madeira + Saúde” continua no mercado nacional e internacional à procura de novos parceiros para a construção de um hospital privado na Região. Goradas que estão as negociações com o grupo nacional HPP (Caixa Geral de Depósitos) e com os espanhóis USP Hospitales, devido a divergências entre ambos, neste momento existem já sete novas propostas para levar por diante o projecto, sendo que aquela que mais cativa os responsáveis pelas clínicas Madeira Medical Center é portuguesa.



O projecto de construção do novo hospital privado do grupo madeirense “Madeira + Saúde” (detentor das clínicas Madeira Medical Center) sofreu um revés, em virtude das divergências entre o Grupo espanhol USP Hospitales e a HPP Saúde (Caixa Geral de Depósitos). No entanto, os responsáveis pelo MMC mantêm-se firmes e determinados em avançar com a construção desta unidade hospitalar, estando neste momento no terreno à procura de novos parceiros nacionais ou internacionais para a sua concretização.
Neste momento, são sete as novas propostas que estão em cima da mesa para análise, mas há uma que reúne, para já, aquelas que são as aspirações do grupo no que toca ao futuro hospital João Gonçalves Zarco.

Novidades no final do primeiro trimestre

Isto mesmo foi ontem avançado ao JM por Júlio Castro Fernandes, administrador do Grupo madeirense, que, todavia, assegura que o projecto é para avançar, mas que só continuará a fazer sentido se integrado num grupo mundial ou nacional de renome e não de forma isolada. «Estamos, neste momento, numa segunda fase de negociações. O processo está entregue à Deloight, que são os nossos consultores, e temos já mais de meia dúzia de grupos interessados, já com propostas para avançar. Vamos continuar a negociação e penso que no final do primeiro trimestre teremos novidades», adiantou.
«Estamos a considerar quatro grupos nacionais e três internacionais, de sectores diferentes. Uns com componente mais hospitalar, outros dedicados à saúde e turismo, mas também à imagem. O que nós queremos é associar este projecto a uma marca nacional ou internacional de prestígio na parte hospitalar para poder ter uma rede», acrescentou o mesmo responsável.
Afirma ainda que o futuro do novo hospital privado vai depender do parceiro. «Pode ser na vertente da cardiologia, ou na medicina estética. Vai depender do perfil do parceiro seleccionado», disse, destacando ainda que há um projecto que, «talvez seja o mais viável», proveniente de um grupo português.


Negócio fechado desde Novembro de 2008
O acordo definitivo de parceria entre o grupo CGD, que controla a Hospitais Privados de Portugal (HPP) e a USP Hospitales, um dos maiores grupos espanhóis do mercado da saúde privada, foi assinado em Junho de 2007. O grupo estatal, através da Caixa de Seguros, ficou então com 10 por cento no grupo espanhol USP, e os espanhóis da USF passaram a deter 25 por cento da HPP. Entretanto, avançaram as negociações para a integração do Madeira + Saúde no Grupo nacional, por sua vez associado ao espanhol, sendo que o acordo incluía já a construção do novo hospital privado projectado pelo grupo madeirense.
Só que as prioridades em tempo de crise foram levando a um desinteresse no projecto, razão pela qual a Madeira + Saúde saiu para o mercado à procura de novos parceiros. Em declarações, ontem, ao JM, Júlio Castro Fernandes, administrador do Grupo, lamenta o ocorrido até porque, recorda, o negócio estava praticamente concluído desde Novembro de 2008. Porém, logo no início do ano seguinte, explica, «começamos a aperceber-nos que a situação não estava a correr bem», muito por força da crise financeira mundial que, por um lado, levou a Caixa Geral a parar com o investimento na saúde e, por outro lado, criou dificuldades à USP. «Era mais pelos espanhóis do que propriamente pelo HPP, que queríamos fazer o negócio. Eles tinham 28 hospitais e são uma rede que nos interessava para enquadrar isto na perspectiva que queremos, que é o do turismo de saúde», explicou aquele responsável.




Jornal da Madeira

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