Data: 20-01-2010
O ano de 2009 foi "muito positivo" no que diz respeito à produção de resíduos sólidos no concelho do Funchal. Ontem de manhã, na apresentação de resultados, o presidente da Câmara Municipal do Funchal (CMF), Miguel Albuquerque, apontou que não só se verificou uma diminuição de 0,32% deste tipo de resíduos no ano transacto (de 79 255 para 79 003 toneladas), como também o município continua a ter a maior taxa de materiais enviados para reciclagem a nível nacional.
Os resíduos sólidos indiferenciados também sofreram uma diminuição em cerca de 1,34%, de 53 615 para 52 897 toneladas, em comparação com 2008. O contrário aconteceu com os resíduos recicláveis, que aumentaram 8,99% (de 18 598 para 20 270 toneladas).
A diminuição dos resíduos sólidos, dos indiferenciados e o crescimento dos recicláveis foram condições determinantes para o aumento da percentagem de resíduos enviados para a reciclagem. No ano passado, a taxa atingiu os 25,66%, quando, em 2008, pouco ultrapassava os 23%. A média nacional anda à volta dos 10%. Para Miguel Albuquerque, este facto foi conseguido com a constante aposta, por parte da autarquia, na educação ambiental e nos novos circuitos de recolha selectiva porta a porta. A venda de resíduos recicláveis originou uma receita de 1 395 200 euros para a CMF.
"Neste momento, vamos avançar, de uma forma muito contundente, com uma experiência piloto que iniciámos em 2009, que foi a recolha selectiva de resíduos orgânicos", referiu o autarca, sublinhando que estes resíduos significam metade dos materiais indiferenciados. Por este motivo, a CMF quer arrancar em força, nos próximos anos, com a recolha selectiva porta a porta dos resíduos orgânicos.
Miguel Albuquerque frisou ainda que, com esta iniciativa, a taxa 25,66% de reciclagem irá subir "de forma substancial" e que a CMF diminuirá os gastos, uma vez que serão enviados menos resíduos para a Meia Serra.
Números de 2009
No ano passado, a produção de resíduos sólidos no concelho do Funchal desceu para 79 003 toneladas, quando, em 2008, o valor se fixava nas 79 255 toneladas.
A redução de resíduos sólidos em 2009 implicou uma diminuição na produção per capita, de 2,11, em 2008, para 2,10 quilos por habitante/dia.
Os resíduos sólidos indiferenciados também sofreram uma redução em cerca de 1,34% (de 53 615 para 52 897 toneladas).
Os resíduos recicláveis aumentaram 8,99%, de 18 598 para 20 270 toneladas, em relação a 2008.
Com estas alterações, a percentagem de resíduos enviados para a reciclagem atingiu os 25,66%, a maior taxa a nível nacional, já que a média do país se situa nos 10%.
A venda dos resíduos recicláveis originou uma receita de mais de um milhão de euros para a autarquia.
A CMF considera que a recolha selectiva de resíduos porta a porta é uma "aposta bem sucedida". Em Março de 2003, foi lançado o primeiro circuito de vidro de embalagem. Desde então, já recolheram mais de quatro mil toneladas.
Em 2006, foi lançada a recolha de embalagens de plástico e metal. Entre 2004 e 2009, foram recolhidas mais de três mil toneladas de embalagens de papel e cartão.
A 4 de Agosto de 2009, a autarquia lançou o circuito piloto de recolha de resíduos orgânicos.
DN Madeira
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