sábado, 16 de janeiro de 2010

Porto Santo é estância singular de saúde natural no mundo

João Baptista demonstra em Lisboa








O Porto Santo distingue-se das demais ilhas dos arquipélagos da Macaronésia e de outras que o madeirense João Baptista e os seus pares têm estudado pelo mundo como um destino de saúde. Esta foi uma das ideias chave que procurou passar ontem em Lisboa na conferência que proferiu no âmbito da Bolsa de Turismo de Lisboa. Uma conferência que teve como tema “Ilha do Porto Santo: Estância singular de saúde natural”, partilhada com Celso de Sousa Figueiredo Gomes, Professor catedrático, investigador do Centro GEOBIOTEC da Universidade de Aveiro.
O especialista acentua que a ideia central da conferência visou apresentar os factores justificativos do chavão atribuído recentemente ao Porto Santo por si e pelo Professor Celso de Sousa Figueiredo Gomes: «Estância singular de saúde natural».
Entre os factores justificativos destaca o aproveitamento desde há dois séculos da areia carbonatada biogenética. Na prática, a areia da ilha «conhecida pelo seu uso em tratamentos de doenças de foro reumático, ortopédico e fisiátrico».
Recorda que este conhecimento empírico proporcionou depois um outro mais técnico, científico e clínico, que resultou na construção da «primeira e única clínica mundial que se conhece de geo-medicina com tratamentos de areia, que é o Geo Medicine Center Spa do Hotel do Porto Santo.
Além da areia, João Baptista (Doutor engenheiro, investigador do Centro GEOBIOTEC, da Universidade de Aveiro) e Celso Gomes abordaram a vertente da argila do Porto Santo, mais conhecida por salão, massapez, que também tem aplicações medicinais, «não só aplicado directamente sobre o corpo humano como na sua utilização em produtos dermo-cosméticos com fins medicinais», que ontem foram mostrados no stand da Madeira e que continuarão até o final da feira, no domingo.
Outro recurso que mereceu abordagem foi a água. A do mar e a de nascente, fazendo sobressair as diferenças em comparação com outros a nível nacional. Neste domínio aponta o bronzeado característico que os banhistas obtêm após uma época balnear na ilha. Explica que está relacionado com a quantidade anormalmente elevada que as águas do mar d Porto Santo têm relativamente a outras águas-padrão a nível mundial.
No que respeita à água mineral natural , bicarbonatada cálcica, foi, durante muitos anos, engarrafada numa unidade industrial na ilha, a Casa das Águas, na zona da Fontinha, e na zona das Lombas. Lembra, a propósito que há um projecto em curso para a transformação da antiga Casa das águas num espaço museológico sendo que, na área envolvente, surgirão residências com características distintivas.
Na conferência foram igualmente abordados os parâmetros climáticos do Porto Santo referentes aos últimos 30 anos, com medições a nível itens como a temperatura, a insolação e a precipitação, e a influência que tem no bem-estar das pessoas.
E, finalmente, fez a ponte para uma conferência que João Baptista realizará hoje na BTL, com o tema “Património geológico da ilha do Porto Santo: Cultura, Turismo e Meio Ambiente”. Um conferência que irá partilhar igualmente com Celso de Sousa Figueiredo Gomes, e ainda com Jorge Hamilton de Andrade e Cardoso Gomes.
Quanto ao facto de todos estes factores poderem ser distintivos para o destino turístico Porto Santo reconhece que o chavão que introduziram evoluiu ao longo do tempo.
Recorda que em 1920 o médico Nuno Silvestre Teixeira foi a pessoa a divulgar as potencialidades terapêuticas dos recursos naturais da ilha.
Em 2006, no livro que lançou com o Professor Celso Gomes “Os minerais e a saúde humana: Benefícios e riscos”. O chavão daí resultante foi “Ilha do Porto Santo, resort de saúde natural”.
E agora evoluíram para «Estância singular de saúde natural».
À questão se esta é uma realidade que o Porto Santo tem de promover responde de imediato que sim. «Os recursos naturais sempre existiram. Ninguém os inventou. O que fizemos foi, ter a capacidade, através de conhecimento, investigar o porquê. Há que tirar partido».
No que se refere à clínica existente na ilha diz que tem muita procura por turistas internacionais e inclusivamente muitos portugueses. Não obstante entende que existem aspectos que têm de ser corrigidos, nomeadamente em matéria de transportes aéreo e marítimo.
Em jeito de remate, apenas sublinhar que a procura pela conferência não foi muito acentuada.
Durante o dia de ontem João Egídio fez arranjos florais e houve lugar a aplicação tópica de produtos dermo-cosméticos com fins medicinais, conforme se pode ver numa das imagens.


Jornal da Madeira

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