segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Luís Jardim quer lançar Carlos Costa

Caso o jovem madeirense não vença o concurso transmitido pela SIC









Luís Jardim vê em Carlos Costa um ídolo. Por isso mesmo, caso o jovem madeirense não vença o concurso transmitido pela SIC, o produtor musical diz que o vai ajudar a lançar a sua carreira. Em entrevista ao Jornal da Madeira, o músico apelou ao voto em peso da Madeira a favor do Carlos Costa (pelo número de telefone 760300508), que esta noite, nos “Ídolos”, voltará a estar sujeito à votação do público, após a interpretação do tema de Elvis Presley, Can't Help Fallin' In Love».
«Prestem muita atenção ao Carlos Costa. A Madeira em peso deve votar nele, porque a sua vitória depende de nós. Ali, não há favores. Se votarmos nele, ele ganha. A Vânia Fernandes venceu muito graças aos madeirenses. Vamos fazer o mesmo pelo Carlos», apelou Luís Jardim.
De qualquer modo, realçou o produtor, «em Portugal, se houver alguém que tenha talento para encontrar o talento, olhe para o Carlos, porque ele preenche uma lacuna que existe no país, a nível artístico». Aliás, Luís Jardim tem «a certeza que, levando o Carlos para Londres, eu consigo “vendê-lo” no mercado. Ele tem boa aparência e aquilo que ele faz é muito bem feito. É um artista para quem eu, facilmente, encontraria um futuro em Inglaterra». Nesse sentido, fica a promessa de Luís Jardim: «se o Carlos Costa vir que não tem ajuda em Portugal, ele que venha ter comigo, porque adorava trabalhar com ele. Aliás, vou tentar ter algum contacto com o Carlos, de qualquer maneira».
A outro nível, e tendo Luís Jardim já estado no papel de juri n' “Os Ídolos”, o músico madeirense com carreira internacional não esconde que era «severo, fui sempre duro, no aspecto musical. As minhas críticas eram, por exemplo, dizer que o concorrente não cantava nada ou perguntar o que ele estava ali a fazer».
O nosso interlocutor falava assim, a respeito das críticas que foram feitas ao madeirense Carlos Costa por Manuel Moura dos Santos, a quem classificou de “besta”. A última gala foi, por isso, «vergonhosa». Luís Jardim espera que os madeirenses «tenham estômago suficiente para protegerem o miúdo e mostrarem a esse senhor que não é favor nenhum o Carlos Costa estar nos “Ídolos”. Ele é o melhor que está ali. É o único artista que lá está, com capacidades de ir ao estrangeiro e ser um pop-star a sério, a sério. Ele tem tudo o que é necessário: tem uma grande voz, canta muito bem e dança».
A seu ver, o Carlos Costa «é o ídolo de Portugal», «um artista já feito, um Freddy Mercury, um Elton John, um artista um pouco excêntrico, mas um pop-star». Como tal, continuou, «aquilo que o Moura dos Santos disse é uma vergonha, é uma ofensa ao miúdo e aos Anjos, que são artistas com certo peso em Portugal, são bons cantores e músicos. Foi uma situação ilógica, malcriada e que mostrou a sua ignorância. Ele devia voltar a vender pizzas, que era o que ele fazia», criticou ainda. Luís Jardim disse também que o presidente da SIC devia expulsar Moura dos Santos do juri.
Por tudo isso, e por considerar que Carlos Costa não tem copiado os artistas que tem interpretado, mas sim feito o seu próprio “show”, Luís Jardim disse ter ficado «ofendido, que se possa pegar num miúdo daquela idade (17 anos) que tem feito o que é necessário, e a deitá-lo abaixo dessa maneira».
A propósito, Luís Jardim considera que nenhum dos actuais elementos do júri do programa transmitido pela SIC tem capacidade para a função. «Não há ali ninguém que tenha a experiência que eu tenho e outros como o Tozé Brito, por exemplo». Assim, na sua opinião, a versão portuguesa do programa «não funciona», porque «a cópia é mal-feita». Dessa feita, esclareceu que o programa não tem de ser agressivo, ao contrário do que está a ser. «Tem de ser um programa, honesto, verdadeiro e 100 por cento musical. Tem de se fazer críticas musicais e não críticas sobre as botas militares de um concorrente. Em Portugal, perde-se tempo com tontices», criticou.
Já a pronunciar-se sobre os concorrentes de 'Os Ídolos”, Luís Jardim reconhece o valor artístico de Diana, sua enteada. «De resto, a maior parte é amadora, a copiar o que ouvem na rádio», salientou. Sobre um dos favoritos do público, o Filipe Pinto, Luís Jardim comentou que «é um roqueiro, com a voz rouca e uma história triste, como há muitos em Portugal. Já o Nuno Norte, que ganhou o primeiro “Ídolos”, tinha uma história triste. Depois, veio o Sérgio, que era carpinteiro e tinha também uma voz rouca. Elegemos sempre o mesmo tipo de artista», criticou o músico, que fez ainda o reparo que são poucas as vozes femininas a vingarem no nosso país.



Jornal da Madeira


O Manuel Moura Santos

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