A obra da autoria do arquitecto madeirense, Paulo David, foi inaugurada em Outubro de 2004. Desde então, tem acolhido várias exposições e diversos eventos.
O Centro de Artes da Calheta — “Casa das Mudas”, uma obra da Sociedade de Desenvolvimento Ponta do Oeste, organismo tutelado pela Vice-Presidência do Governo Regional, foi escolhido, pela revista “Única” do semanário “Expresso”, como um dos dez melhores projectos de arquitectura nacionais do início do século XXI.
A par do Centro de Artes da Calheta — “Casa das Mudas”, uma obra assinada pelo arquitecto madeirense Paulo David, aparecem também o Estádio Municipal de Braga, um projecto da autoria de Eduardo Souto Moura, o Metro do Porto, também de Eduardo Souto Moura, a Igreja da Santíssima Trindade, em Fátima e da autoria de Alexandros Tombazis com a colaboração de Paula Santos, a Casa da Música do Porto de Rem Koolhaas, Centro das Artes de Sines, projecto de Manuel e Francisco Aires Mateus, o Centro de Coordenação e Controlo do Tráfego Marítimo do Porto de Lisboa de Gonçalo Byrne, a Escola Superior de Tecnologia do Barreiro, da ARX Portugal, o Fluviário de Mora da Promontório Arquitectos e, por fim, a Biblioteca Municipal de Viana do Castelo de Álvaro Siza Vieira.
Esta distinção é vista, pelo actual director do Centro das Artes da Calheta — “Casa das Mudas”, como o merecido reconhecimento ao trabalho do arquitecto madeirense Paulo David. De acordo com Ricardo Veloza, é também algo que não surpreende, «se atendermos às inúmeras distinções e atribuições internacionais que aquele edifício tem vindo a angariar ao longo dos últimos anos».
Prémios atestam qualidade da obra
De uma forma geral, Ricardo Veloza diz que «os prémios ganhos pelo Centro das Artes da Calheta — “Casa das Mudas” falam por si. E, portanto, é uma situação que, como director do Centro das Artes e, sobretudo, como madeirense, é algo que me agrada bastante».
Ricardo Veloza considera que Paulo David «fez um trabalho com uma extrema seriedade e foi um trabalho que, de certeza, se baseou numa investigação muito grande a nível de outros espaços culturais e toda essa investigação feita e o carinho que ele colocou naquele projecto, o arrojo, a escolha do local — que é um sítio magnífico —, resultaram naquela obra notável».
Ainda hoje, diz Ricardo Veloza, «sempre que entro no Centro das Artes, penso que para fazer um espaço daqueles é preciso que essa pessoa se tenha documentado muito bem e ser, realmente, uma pessoa muito especial ao nível da arquitectura».
Recorde-se que o Centro das Artes da Calheta — “Casa das Mudas”, uma obra da Sociedade de Desenvolvimento Ponta do Oeste, veio dar uma outra dimensão aos eventos culturais que se realizavam na Região e, em particular, no concelho da Calheta, onde está implementado.
Este empreendimento, que foi inaugurado em Outubro de 2004, para além dos espaços para exposições, muito visitados ao longo de todo o ano, conta também com um auditório com capacidade para mais de 200 pessoas e que tem também acolhido inúmeros eventos, desde concertos e peças de teatro, passando pelo cinema, congressos e reuniões.
«Uma obra notável para o país»
O actual director do Centro de Artes da Calheta — “Casa das Mudas” considera que aquele empreendimento é uma «obra notável para a Região e para o país». Ricardo Veloza reconhece, também por isso, o trabalho do arquitecto madeirense, Paulo David, um profissional que, na sua opinião, se dedicou profundamente a este projecto.
Tal como referiu Ricardo Veloza, trata-se de uma obra que transparece um estudo prévio bastante exaustivo sobre a finalidade a que se destinava esta obra da Vice-Presidência do Governo Regional, através da Sociedade de Desenvolvimento Ponta Oeste. «A começar pela localização, soberba, sobre aquela falésia», mas também quanto à utilização da luz solar e toda a funcionalidade daquele empreendimento.
Segundo Ricardo Veloza, embora de reconhecido valor nacional, para a Região, o Centro de Artes da Calheta — “Casa das Mudas” «é um marco quer a nível de arquitectura, quer como espaço de cariz cultura. É um edifício onde, realmente, todo ele funciona muito bem — e digo isto porque também trabalho lá».
Na sua opinião, «a concepção e o desenho é de tal ordem bem pensado que, realmente, é um espaço muito fácil de gerir. Conseguimos geri-lo com muito pouco pessoal e é um edifício que irá marcar, com toda a certeza, a época em que foi construído na Região Autónoma da Madeira».
Por outro lado, e na perspectiva de utilizador daquele espaço, Ricardo Veloza diz que «é um espaço muito agradável para trabalhar, para além de todas as outras áreas, como os espaços de exposição, que deixam as pessoas que nos visitam maravilhadas, assim como o auditório, que proporciona às pessoas que aqui vêm momentos inesquecíveis».
Em suma, disse Ricardo Veloza, o Centro das Artes da Calheta — “Casa das Mudas” «é um espaço magnífico e único, muito bem equipado. É um edifício que reúne, realmente, condições excelentes a todos os níveis».
Centro das Artes é mais procurado
O Centro da Artes da Calheta — “Casa das Mudas”, segundo o seu director, tem vindo a registar um número cada vez maior de pessoas a visitar aquele espaço de promoção da cultura, quer da população local e regional, quer por muitos turistas.
De acordo com Ricardo Veloza, «hoje, as pessoas da Calheta sentem, de alguma forma, uma vaidade em ter um espaço, como o Centro das Artes, no seu concelho. Mas, também ao nível da Região. Pois, a Madeira passou a dispor de um espaço de excelência a todos os níveis».
Ricardo Veloza diz que, pelos contactos que tem feito junto dos visitantes, as pessoas gostam daquilo que vêem. Recordando um grupo de norte-americanos que visitou aquele espaço, ainda recentemente, o director do Centro das Artes da Calheta — “Casa das Mudas” diz que «eles ficaram maravilhados com todo o edifício, com todas as condições que nós temos».
Em seu entender, «a Região ganhou um espaço cultural de enorme valia, que tem de ser continuado, que tem de continuar a ser trabalhado, de modo a projectar o nome da Calheta, o nome da Madeira a todos os níveis. E nós, enquanto administradores do Centro das Artes temos procurado fazer um trabalho de qualidade e acho, no geral, que temos conseguido essa qualidade. E a exposição que temos, neste momento — “Man Ray” —, é exemplo disso. Penso que este é um marco na mostra cultural da Região».
Embora sem adiantar números, Ricardo Veloza está convencido que este ano houve uma maior afluência de público, um crescimento que, na sua opinião, não tem apenas a ver, directamente, com as pessoas, mas com aquilo que lhes é dado a oferecer em termos culturais.
Ricardo Veloza diz que «a Região ganhou um espaço cultural de enorme valia, que tem de ser continuado, que tem de continuar a ser trabalhado, de modo a projectar o nome da Calheta, o nome da Madeira a todos os níveis. E nós, enquanto administradores do Centro das Artes temos procurado fazer um trabalho de qualidade e acho, no geral, que temos conseguido essa qualidade. E a exposição que temos, neste momento — “Man Ray” —, é exemplo disso. Penso que este é um marco na mostra cultural da Região».
Paulo David com trabalho reconhecido
O arquitecto madeirense Paulo David, além do Centro das Artes da Calheta — “Casa das Mudas”, foi também o responsável pelo projecto das Salinas em Câmara de Lobos, tendo já sido distinguido por instituições nacionais e internacionais.
Ainda recentemente, o seu nome constou na revista internacional de arquitectura “2G”, uma das mais prestigiadas publicações na área da arquitectura. De referir que, ainda a propósito da revista “2G”, Paulo David foi também o terceiro nome português a figurar na referida publicação trimestral, a qual conta com a colaboração de alguns dos melhores arquitectos do mundo.
Paulo David já foi também distinguido, em 2009, pela Delegação Regional da Madeira da Ordem dos Arquitectos, também pelo projecto do Centro das Artes da Calheta — “Casa das Mudas”. Na altura, argumentava a referida instituição, «com esta obra, destaca-se com a primeira distinção internacional da arquitectura madeirense, prestigiando e dando a conhecer a nossa região, facto que deverá ser motivo de orgulho de todos os madeirenses e servir de exemplo a todos nós, para cada dia exigirmos mais e melhor de nós arquitectos, no exercício da nossa profissão».
Por outro lado, com a homenagem a Paulo David, a Ordem dos Arquitecto quer também «deixar um apelo a uma nova atitude e notoriedade da arquitectura regional, de forma a dar continuidade ao seu crescimento qualitativo e marcante no território, que por vezes ainda segue de forma alheia aos olhos da opinião e cultura do cidadão».
Jornal da Madeira
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