sábado, 9 de janeiro de 2010

Diálogo social resultou em ganhos dos trabalhadores

Brazão de Castro no jantar dos parceiros sociais enalteceu empenho das partes






O secretário regional dos Recursos Humanos relevou ontem o diálogo social como um factor determinante no ganho real dos trabalhadores e na competitividades dos empregadores.
Brazão de Castro reuniu num jantar na Escola de Hotelaria da Madeira os parceiros sociais e na oportunidade recordou que a revisão de dois grandes Contratos Colectivos de Trabalho envolvendo cerca de 12.500 trabalhadores, no mês passado, permitiu que a globalidade desses trabalhadores «têm os seus contratos revistos e consequentemente as tabelas salariais e cláusulas de expressão pecuniária actualizados».
O governante realçou que essa revisão «foi feita no âmbito do diálogo social envolvendo empregadores, trabalhadores e governo, quando necessário e que das actualizações resultaram ganhos reais para quem trabalha e competitividade para quem emprega».
Por outro lado, Brazão de Castro recordou «os aumentos expressivos de ganho médio do trabalhador madeirense face à realidade nacional», também foram conseguidos sempre em clima de diálogo social.
A este propósito, revelou que ainda «houve quem falsamente pretendesse fazer crer que quem trabalha e quem emprega têm que se degladiar como que se fossem armados para tal».
Pelo contrário - advogou o responsável pelos Recursos Humanos - «trabalhador e empregador precisam um do outro. A sua relação deve ser de complementaridade, de diálogo e de colaboração».
Na óptica do governante, é bom para a sociedade madeirense que trabalhadores e empregadores estejam associados para a defesa dos seus próprios objectivos, afirmando mesmo que “infeliz de quem está só”.
Num outro momento da sua intervenção, Brazão de Castro salientou que o desenvolvimento não é só crescimento económico.
Tal como referiu «o desenvolvimento económico deve produzir crescimento real extensivo a todos e ser sustentável».
O secretário regional dos Recursos Humanos citou ainda Bento XVI que na sua Carta-Encíclica Caritas in Veritate, recorda a todos e especialmente aos governantes «que o primeiro capital a preservar e valorizar é o homem, a pessoa na sua integridade».
Deste modo, Brazão de Castro enalteceu que na Região tem sido desenvolvido «um diálogo social consequente», agradecendo aos parceiros o empenho nesse desiderato.
«Da nossa parte o desejo é de assim prosseguir, com segurança, com confiança de que esse é o melhor caminho para se assegurar a paz social, com justiça», manifestou o governante.
Brazão de Castro reconheceu o facto da Região não estar isenta de problemas. «Eles quando surgem são devidamente acompanhados em ordem à sua solução e sempre em ambiente de diálogo social», destacou, apelando aos parceiros presentes que prossigam com o mesmo empenho por forma a ultrapassar as dificuldades.
Tal como disse «a Madeira com uma economia muito aberta ao exterior tem sofrido o impacto das conjunturas nacional e internacional com consequências no desemprego. Mas apesar da envolvente externa negativa e de vivermos há mais de quatro anos, com os constrangimentos financeiros que têm sido impostos pelo governo de José Sócrates, na Região, sendo certo que aumentou o desemprego, o que nos preocupa, tem sido possível manter a respectiva taxa a níveis bem mais favoráveis que a Nacional e Europeia».
Brazão de Castro esclarece que «as pessoas não são números», razão pela qual expressou «toda a solidariedade aos que se encontram desempregados e reafirmo que tudo o que é possível fazer-se para combater o desemprego está a ser feito».
O secretário realçou que «as melhorias a este nível surgirão após a desejada retoma da economia» e deixou uma palavra de reconhecimento ao desempenho do director regional do Trabalho, Rui Silva.
Em jeito de conclusão, Brazão de Castro disse que «as relações entre as pessoas são como um jardim, é preciso que dele se cuide, que se o regue, que se o fertilize. Ainda bem que estamos aqui hoje reunidos».



Jornal da Madeira

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