terça-feira, 17 de novembro de 2009

CMF pretende isentar recuperação de prédios

Medida visa facilitar investimentos no centro do Funchal


A Câmara Municipal do Funchal vai apresentar um novo projecto de revisão do regulamento de taxas. O objectivo é tentar isentar, em termos de taxas, a recuperação dos prédios na zona central da capital madeirenses. Esta medida, a par de outras, representa “mais um incentivo” no sentido de facilitar estes investimentos no centro da cidade.




O presidente da Câmara Municipal do Funchal inaugurou, ontem, o “Edifício Amâncio Carvalho”, na Rua do Bispo n.º 42, na freguesia da Sé, Funchal, o qual foi recentemente recuperado.
Este edifício contempla sete áreas para escritórios, seis apartamentos e três áreas para espaços comerciais e representou um investimento de cerca de um milhão de euros.
Miguel Albuquerque mostrou-se satisfeito com o investimento, que representa uma nova oferta de habitação na zona central da cidade, o que vai de encontro àquilo que a autarquia pretende para o centro do Funchal.


CMF pretende isentar recuperação de prédios

Por forma a incentivar e permitir mais investimentos do género, autarquia funchalenses vai apresentar um novo projecto de revisão do regulamento de taxas. O objectivo é “tentar isentar, em termos de taxas, a recuperação dos prédios na zona central do Funchal”, explicou o autarca.
Esta medida representa “mais um incentivo”, a exemplo do que já acontece com “a redução dos 50% para a habitação e a isenção para a recuperação urbanística” sendo que o objectivo é “introduzir mais benesses no sentido de facilitar estes investimentos”, adiantou Albuquerque.
A propósito reiterou que nos últimos anos tem-se assistido a um novo surto de crescimento habitaciona no centro da cidade, quer na zona histórica quer nas zonas envolventes das zonas históricas.
Tendo em conta que “está na moda viver no centro, porque é agradável”, sublinhou que o “grande desafio” da autarquia é “tentarmos equilibrar em termos de população dos próprios residentes”.

Garantir habitação
a preços comerciais


Para permitir o acesso a um maior leque de pessoas, o presidente da Câmara do Funchal deixou um apelo, para que haja um equilíbrio em termos de preços.
“A Câmara e os poderes públicos têm que fazer um esforço no sentido de garantirem, também, alguma habitação a preços comerciais no centro da cidade como fizemos na zona das Cruzes e na zona da Alegria, no sentido de não introduzir discriminações em termos de residentes no centro da cidade”, frisou.
De acordo com o autarca, o Funchal tem assistido a um conjunto de recuperações importantes. Contudo, alguns dos prédios têm-se deparado com problemas de herdeiros, outros têm problemas com inquilinos que têm rendas antigas, o que dificulta a recuperação dos mesmos.
Apesar destes constrangimentos, “neste momento, as coisas estão a correr bem”, garantiu. De tal forma que, em relação ao edifício Amâncio Carvalho, Miguel Albuquerque mostrou-se “duplamente satisfeito por inaugurar mais uma obra importante em termos de recuperação do centro histórico do Funchal”.
Por um lado, porque o prédio foi totalmente recuperado mantendo as suas características históricas e o seu perfil arquitectónico. Por outro, porque esta recuperação representa “uma nova oferta de habitação na zona central da cidade” que está “em conformidade com aquilo que a Câmara do Funchal pretende para o centro da cidade”.


Albuquerque destaca obra importante
Manuel Carvalho, promotor da obra de recuperação do Edifício Amâncio Carvalho, ontem, inaugurado pelo presidente da Câmara do Funchal, na Rua do Bispo salientou a forma como a autarquia, o arquitecto e o construtor tudo fizeram para cumprirem os prazos.
Dirigindo-se, em particular, ao presidente da Câmara Municipal, Miguel Albuquerque, Manuel Carvalho agradeceu a “paciência e tolerância” que houve por parte da autarquia em relação à grua que, durante algum tempo, esteve a ocupar aquela área no centro do Funchal, para que a obra pudesse cumprir com todos os regulamentos que constam da lei.
“Não foi fácil mas graças a Deus, cumprimos com tudo e aqui está à vista do povo do Funchal”, apontou Manuel Carvalho.
Miguel Albuquerque reconheceu que se trata de “obras difíceis, por estarem no centro do Funchal” tendo enaltecido, sobretudo, o facto de, “nesta altura, terem feito este importante investimento para a nossa cidade do Funchal”.
O Edifício Amâncio Carvalho foi baptizado em memória ao pai de Manuel Carvalho que adquiriu aquele espaço em Setembro/Outubro de 1966. Na altura, “não foi fácil a negociação da compra do prédio” porque “a ASSICOM tinha direito à compra”, recordou Manuel Carvalho. O prédio pertencia a uma família de sobrenome Brazão, de São Vicente que detinha outros dois.



Jornal da Madeira

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