Foi ontem divulgada, pelo Instituto Nacional de Estatística, a taxa de desemprego referente ao 3º trimestre deste ano, a qual indica, para a Madeira, um valor de 7,9%. Verifica-se, assim, uma redução deste indicador, dado que, no 2º trimestre, a taxa estava situada nos 8,1%. A taxa nacional fixou-se nos 9,8%, o que representa uma subida significativa, face aos 9,1% do trimestre anterior, e muito acima das previsões do Governo central, de 8,8%.
Fixou-se nos 7,9% no terceiro trimestre
Segundo os dados do INE, verificaram-se subidas em todas as regiões do país, excepto na Madeira, nos Açores e no Alentejo, sendo estes os valores apurados: Norte – 11,6%, Centro – 7,2%, Lisboa – 10,3%, Alentejo – 10,2%, Algarve – 10,3% e Açores – 6,2%.
Em nota informativa, a Secretaria Regional dos Recursos Humanos, sublinha que “constata-se, assim, que só existem duas regiões com valor inferior ao da Madeira (Centro e Açores), sendo que, nas restantes quatro, a taxa ultrapassou os 10%”.
“A taxa agora divulgada diz respeito, tal como atrás referido, ao 3º trimestre de 2009 – Julho, Agosto e Setembro – acompanhando, assim, o decréscimo também verificado no desemprego registado (inscritos no Instituto de Emprego da Madeira) no que respeita aos meses de Julho e Agosto”, acrescenta a nota.
Os dados ontem divulgados pelo INE indicam que o desemprego, a nível nacional, entre Julho e Setembro agravou-se 2,1 pontos percentuais face aos 7,7 por cento observados no período homólogo de 2008.
Este valor fica acima das previsões do Governo para o conjunto do ano, que apontavam para os 8,8 por cento.
De acordo com o INE, no terceiro trimestre, a população desempregada estimada foi de 547,7 mil indivíduos, mais 114 mil pessoas do que há um ano atrás, o que representa uma subida de 26,3 por cento.
Em comparação com o trimestre passado há, por sua vez, mais 40 mil desempregados, significando uma subida de 7,9 por cento.
A contribuir para a subida da população desempregada no terceiro trimestre esteve, segundo o INE, o aumento do número de desempregados à procura de emprego há menos de um ano, que explicou 65,5 por cento do aumento global do desemprego.
No final de Setembro havia, assim, 290,8 mil desempregados à procura de emprego há menos de um ano, uma subida de 34,6 por cento (mais 74,7 mil pessoas) comparativamente com o mesmo período do ano passado, altura em que estavam nesta situação 216,1 mil pessoas.
Segundo o instituto, o aumento no número de homens desempregados (em 73,9 mil indivíduos) foi outro dos motivos que explicou o aumento global do desemprego. Ainda assim, a taxa de desemprego estimada nos homens foi de 9,1 por cento, enquanto nas mulheres foi de 10,6 por cento.
De acordo com o INE, a subida do desemprego no período considerado verificou-se em todos os grupos etários, mas sobretudo nos indivíduos com 45 e mais anos e nos com idades entre os 35 e os 44 anos.
O número de desempregados à procura de primeiro emprego diminuiu por sua vez entre Julho e Setembro, face igual período do ano passado, acrescentou.
O INE avança ainda que o número de pessoas empregadas entre Julho e Setembro é o tereceiro mais baixo da década, sende preciso recuar até ao ano 2000 para encontrar um trimestre que que haja menos empregados em Portuga.
Jornal da Madeira
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