Porto Santo é excepção na quebra de 18% do negócio do golfe
Data: 20-11-2009
(O Santo da Serra foi considerado o quarto melhor campo do país)
A ABTA Magazine, publicação de golfe da ABTA - The Travel Association, que representa mais de 5.000 agências de viagens e mais de 900 operadores turísticos no Reino Unido, considerou na sua selecção de melhores campos de golfe em Portugal, o Santo da Serra Golf como quarto melhor.
A ABTA corresponde a 90% das vendas de pacotes turísticos no Reino Unido e como tal é a referência máxima no sector do turismo deste mercado. Tem quase 1.500 agências associadas com 6.000 escritórios.
Esta publicação mensal da ABTA, que tem mais de 55.000 leitores especializados do trade, constituindo por via disso um excelente veiculo promocional para a Madeira pois destaca os destinos turísticos mais desejáveis de todos o mundo em grande pormenor. Segundo a revista, "existem três campos na Madeira e cada um oferece golfe competitivo numa localização mágica de ilha. Palheiro e o novo Seve-Ballesteros (Porto Santo) são ambos de jogar. No entanto, o local do Madeira Island Open do European Tour, é uma força para ser reconhecida. Desenhado por Robert Trent Jones, os 'fairways' majestosos, 'dog-legs' apertados e 'greens' ondulantes estão rodeados por flores nativas maravilhosas. Quando os 27-buracos podem oferecer vistas de postal tal como o majestoso par 4 2º-tee no campo de Machico é sem duvida um salto essencial do continente".
Porto Santo já vale 18%
No artigo sobre Portugal, Paul Cougill - director da Riveline Golf - considera que muito embora existam paisagens deslumbrantes no Santo da Serra, Palheiro e Porto Santo, a Madeira é penalizada por não ter cinco ou seis campos de golfe.
Campos perdem 26%
Num ano que tem sido marcado por uma acentuada crise por parte dos principais campos de golfe da Região, refira-se que o Porto Santo Golf registou uma surpreendente subida de 13,5% no número de voltas (9.322), ganho conseguido por um aumento de 21,7% por parte de jogadores estrangeiros e de 10,4% de portugueses, já que entre os sócios, os residentes registaram uma subida de apenas 0,6% e os não residentes uma descida de 9,6%.
Mas atenção, esta subida é justificada pela realização do Open da Madeira e pelo conjunto de torneios para amadores, que garantindo voltas, não asseguram receitas pois as voltas pagas situam-se nas 4.800. Outro dado a ter em conta é que o Porto Santo representa nesta altura 18% das voltas turísticas.
No caso dos dois campos da Madeira - Santo da Serra e Palheiro Golf - a situação é diferente, pois nos dez primeiros meses do ano perderam 26% das voltas, reflectindo a quebra verificada ao nível dos hóspedes e dormidas.
Feitas as contas, o negócio do golfe perdeu 18% das voltas, um valor superior à quebra registada no Algarve, que se situava nos 10,1%.
Recorde-se que em 2008 os três campos registaram 39.607 voltas, um valor inferior em 3,2% ao registado em 2007 (40.905).
Peso do golfe
O último estudo feito em Portugal apurava que o golfe representava a vinda de 300 mil turistas, que compravam 1,4 milhões de voltas, 1,1 milhões de dormidas e garantiam 1,25% do PIB do país e 14% do PIB turístico.
Na Madeira admite-se que cerca de 20 mil turistas jogam uma ou duas vezes num dos campos da Região Reino Unido (35%) e Alemanha (25%) são os mercados com maior importância e os clientes têm em média 45 anos.
Recorde-se que existem 60 milhões de jogadores em todo o mundo e 30 mil campos de golfe.
DN Madeira
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