A Região quer atingir, nos próximos cinco anos, as 500 toneladas de produção biológica, anunciou ontem o secretário regional do Ambiente. Manuel António Correia falava durante a inauguração da terceira Semana Bio Madeira, que está a decorrer no Largo da restauração, no Funchal. O governante aproveitou para lembrar o facto de haver cada vez mais interessados na agricultura biológica, tanto ao nível de consumidores como de produtores.
O secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais, Manuel António Correia, anunciou ontem que o propósito do Governo Regional é atingir, nos próximos cinco anos, os 500 hectares de produção biológica. Neste momento, é de cerca de 240 hectares.
A novidade foi anunciada ontem, durante a inauguração da terceira Semana Bio Madeira, que está a decorrer, até final da semana, no Largo da Restauração, que insere-se na Semana Nacional, que também por sua vez se integra num movimento internacional, relativo à produção biológica.
Falando aos jornalistas, Manuel António Correia sublinhou que «a agricultura biológica e os seus méritos só podem tornar-se efectivos se chegarem ao consumo final, ou seja à população».
«Anos atrás, lançámos o repto, hoje concretizado, de atingirmos pelo menos cinco por cento da nossa área agrícola para a produção biológica. Esse número está atingido e passámos de 21 hectares em 2000 para os actuais 240 hectares», recordou.
Neste sentido, lembra que «o primeiro grande passo para a implementação da agricultura biológica na Região está dado». Mas, «há ainda mais passos a dar».
«Queria aproveitar esta semana para lançar um novo desafio, que é o de que, nos próximos cinco anos, a Madeira atinja 500 hectares de produção de agricultura biológica. Penso que o processo registado, nos últimos anos, de forte crescimento, e, agora, as condições novas que existem, criam condições para isso», disse.
Manuel António Correia lembra que existe uma majoração de 10% nos auxílios aos investimentos com apoios dos fundos comunitários e do orçamento regional. Por exemplo, se uma exploração tradicional tem uma ajuda de 50% a fundo perdido, uma exploração similar mas biológica terá 60%.
«O pagamento aos produtores é também mais alto do que a agricultura tradicional, como é o caso da uva e da banana, que são ambas pagas a mais de 30% em relação aos congéneres tradicionais», destacou.
O secretário regional do Ambiente e dos Recursos Naturais sublinha que «a expansão da agricultura biológica na Região é uma oportunidade e um factor de competitividade». «Nós, pela exiguidade territorial, não podemos competir pelo preço. Temos uma agricultura de pouca quantidade que se tem de distinguir pela qualidade. E, dentro desta qualidade, a certificação biológica é um factor de distinção», frisou.
Manuel António Correia destacou ainda o facto de o Governo estar a trabalhar com os hotéis, os restaurantes e as grandes superfícies em relação à produção biológica.
«Nós temos um grupo de trabalho, constituído por sete técnicos superiores e três funcionários que andam no terreno, todos os dias, a explicar aos agricultores as vantagens deste modelo de produção e paralelamente dão assistência técnica a quem quer iniciar a agricultura biológica ou quer reiniciar o processo, fazendo projectos, dando apoio técnico, promovendo os produtos junto dos hotéis, restaurantes e grandes superfícies», concluiu.
Jornal da Madeira
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