Chefe de Estado-Maior da Força Aérea baptizou Aeródromo de Manobras nº 3
A Unidade do Aeródromo de Manobra do Porto Santo (AM3) está, desde ontem, “baptizada” com o seu novo nome, numa cerimónia presidida pelo chefe de Estado-Maior da Força Aérea, General Luís Araújo, que descerrou a placa identificativa do novo estatuto do ex-destacamento da Força Aérea na ilha dourada. O responsável também investiu Joaquim Ferreira como comandante daquela unidade, dando continuidade ao trabalho até então desenvolvido no destacamento.
À margem do programa comemorativo, o general Luís Araújo disse aos jornalistas que o destacamento do Porto Santo era «um filho da Força Aérea» que ainda não tinha nome. «Esta cerimónia simples mas de elevado significado dá nome a um dos nossos filhos que passou a ser o Aeródromo de Manobra nº 3, portanto, é uma unidade da Força Aérea, uma plataforma de projecção de poder aéreo e assim irá crescer e continuar a sua missão».
Explicando que a missão mantém-se a mesma, o chefe de Estado-Maior da Força Aérea falou dos meios aéreos existentes, nomeadamente os helicópteros EH101 e o aviocar. Está prevista, para o primeiro semestre de 2010, a chegada do C295.
Reconhecendo que o AM3, que conta com 15 militares e cerca de trinta funcionários civis em serviço, carece de várias infra-estruturas, o general Luís Araújo divulgou que, no próximo ano, serão criadas infra-estruturas necessárias, estando no topo das prioridades «uma parada, porque não há quartéis sem paradas e isto é um quartel». Seguir-se-á a infra-estruturação ao nível de alojamentos para oficiais, sargentos e praças, que serão também dotados de cozinhas e zonas de alimentação. «Depois, vamos continuar a investir de acordo com os recursos disponíveis, mas vamos criar uma capacidade autónoma no Aeródromo de Manobras nº 3», assegurou o militar. «Os investimentos serão os necessários, de acordo com o erário público e o orçamento que nos vai ser dado para 2010. Será faseado, porque não se pode fazer tudo de uma vez».
Por outro lado, o general Luís Araújo lembrou que termina o seu mandato no próximo dia 18 de Dezembro e, caso venha a assumir nova missão, admitiu que «gostava muito que o Dia da Força Aérea em 2010 fosse na Madeira», uma decisão que será tomada, caso continue a desempenhar as No que se refere à vinda de uma ou mais parelhas de F-16 para a Madeira, o chefe de Estado-Maior da Força Aérea lembrou que esse projecto faz parte dos planos da instituição militar. «A Madeira é parte do território nacional, somos responsáveis pela vigilância e controlo do espaço aéreo na abrangência do território nacional e faz parte dos planos ter uma parelha de F-16 na Madeira quando o radar estiver pronto, e também nos Açores, em tempo necessário, sempre numa perspectiva não de permanência mas de destacamento.
Quando for necessário, iremos fazê-lo, para treinarmos e exercitarmos as nossas capacidades e, se houver alguma ameaça, temos de estar preparados para a enfrentar».
Saliente-se que a cerimónia ontem realizada na Unidade do Porto Santo, que contou com a presença do secretário regional dos Recursos Humanos em representação do Governo Regional e do presidente da Câmara Municipal do Porto Santo, incluiu no seu programa uma visita à exposição temática sobre operações de Busca e Salvamento e a demonstração da Equipa Cinotécnica da Unidade, com os cães militares. Após a despedida do responsável máximo pela Força Aérea portuguesa e da saída no avião militar do Porto Santo para a Madeira dos convidados e comunicação Social, o AM3 pertenceu aos alunos da Escola do Porto Santo. A eles, foi-lhes propiciado baptismos de voo no helicóptero Eh101 Merlin.
Joaquim Ferreira aponta desafios
No seu discurso alusivo ao Dia da Unidade do AM3, o primeiro que proferiu na qualidade de comandante deste organismo (apesar de ter sido o responsável pelo ex-destacamento do Porto Santo), o comandante Joaquim Ferreira expôs os desafios que se colocam, «a curto prazo», àquela infra-estrutura, com o seu novo estatuto. Assim, o coronel apontou a «necessidade de serem efectuados pequenos ajustes nos módulos de pessoal visto que passarão a ser executadas a nível local um conjunto de tarefas de âmbito logístico-administrativo, até à data realizadas por outras unidades da Força Aérea.
Na nova realidade, é ainda exigida uma solução para «a problemática do alojamento, da assistência sanitária, da alimentação e do transporte, de e para o continente, do pessoal colocado no AM3», realçou ainda. «Estes são, em termos globais, os desafios que a curto prazo se colocam ao eficiente funcionamento do AM3», resumiu o coronel na cerimónia que contou com representantes do ramo da Força Aérea, Exército, Marinha, das Polícias e membros do Governo Regional.
O coronel Joaquim Ferreira fez ainda um balanço do trabalho desenvolvido nos últimos tempos, destacando a componente da segurança em terra e segurança interna, com a concretização «do indispensável sistema de combate a incêndios na área do combustíveis, onde se encontram armazenados cerca de seis mil metros cúbicos de hidrocarbonetos, efectivação de vários simulacros de incidentes nas vertentes da prevenção de acidentes e de segurança interna. Na componente operacional, destacou o apoio continuado às aeronaves estacionadas e de todas as que transitaram no aeródromo e ainda a participação nos exercícios de âmbito internacional MORSA e na iniciativa 5+5.
Jornal da Madeira
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