sábado, 28 de novembro de 2009

Cirurgia de ambulatório terá segunda sala de operações (Funchal)

SESARAM anuncia para 2010 e realça 762 operações daquele tipo no 1º semestre deste ano






A No primeiro semestre deste ano, foram efectuadas 762 cirurgias do ambulatório, mais 159 do que as verificadas (603) em igual período do ano passado, disse, ao JM, o presidente do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM).
Almada Cardoso sublinha as expectativas apontam para um crescimento gradual daquele tipo de cirurgias e abrangendo cada vez mais valências médicas.
Neste sentido, enaltece que «a cirurgia ambulatória vai, sobretudo, aumentar bastante (ajudando também a combater o fenómeno das listas de espera, já que muitas das cirurgias resolvem-se no ambulatório) quando o SESARAM tiver uma segunda sala de cirurgia ambulatória a funcionar».
«Até final deste ano, deveremos ter lançado o concurso para a criação dessa segunda sala de cirurgia, por forma a tê-la a funcionar durante o próximo ano, realçou o governante.
O nosso interlocutor destaca ainda que, no âmbito da cirurgia do ambulatório, «as valências que mais se têm destacado são a oftalmologia (sobretudo cataratas) e muita cirurgia abdominal (vesículas, colecistiectomias, colecistiotomias, apendicectomias, etc), que já envolve uma certa mobilização de meios».
«Isso implica muito menos dias de internamento (dois/três dias, em vez dos oito/nove de antigamente). Aliás, estes números estão patentes na diminuição do número médio de dias em que as pessoas estão internadas. A duração dos internamentos em cirurgia diminuiu; complementa.
De futuro, está certo, haverá cada vez mais especialidades médicas a aderir ao ambulatório: «A urologia (sobretudo as protesctomias) também já tem dimensão considerável. Tudo vai depender do treino que os médicos vão adquirindo, mas a tendência será generalizar ao máximo a cirurgia do ambulatório».
«Claro que há valências que não serão possíveis, como a ortopedia (em casos de traumas mais profundos) ou a própria neurologia cerebral, a par de outras cirurgias, como as que envolvem tumores. É uma operação que, no caso de tumores malignos, obriga a grandes explorações. A cirurgia laserescópica (que está inferida na cirurgia do ambulatório) é feita sempre com dois buracos: um onde entra o instrumento e o outro por entre sai a parte do órgão que é retirada). Nas cirurgias do tumor está subjacente uma grande exploração. Para já, há que colocar uma mão para explorar os órgãos afectados. Estou convencido que a cirurgia oncológica nunca será laserescópica. Mas, isto é só uma opinião», conclui.


Jornal da Madeira

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