sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Madeira mostra em Lisboa que não é só paisagem

O DIÁRIO já viu a exposição 'Museus da Madeira', que é inaugurada hoje em Lisboa
Data: 20-11-2009



Um espaço grande e labiríntico, decorado a cores fortes e com uma iluminação cuidada dão nova vida às 'Obras de Referência dos Museus da Madeira', que rumaram a Lisboa onde estarão até 28 de Fevereiro. A exposição, que resulta de uma parceria entre a Secretaria Regional e o Ministério da Cultura é inaugurada hoje, na presença da ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas e do presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim. O DIÁRIO já viu e acompanhou o secretário regional da Educação e Cultura na primeira visita ao espaço. Francisco Fernandes não podia estar mais satisfeito. "Nunca coloquei em causa o impacto que esta exposição podia ter", afirmou, sem esconder que as expectativas foram, contudo, superadas. "Está muito bem conseguida", elogiou, acrescentando que "será uma surpresa, mesmo para os especialistas, a dimensão do espólio".

O risco de transportar algumas das 300 obras, que vão da ourivesaria ao mobiliário, foi "calculado". e valeu a pena. Houve mesmo algumas peças restauradas no Palácio da Ajuda, palco da mostra. "As peças vão renascer neste espaço", sublinhou. Francisco Fernandes não tem dúvida de que esta iniciativa vai virar uma página na vida cultural e turística da Região, já que não esconde que o objectivo é atrair turistas para uma oferta que a Madeira já tem e "vai ter ainda mais": Cultura. "É um bom chamariz para quem não quer apenas praia e paisagem", defendeu. o secretário põe a fasquia alta no que toca à atracção de visitantes. "Não podemos prever, mas exposição do Hermitage que cá esteve e foi um sucesso será um bom estimulo", preconizou.

Quem também não tem dúvidas do valor da exposição é Francisco Clode, comissário executivo do evento. "As peças são de grande qualidade e são obras de arte em qualquer parte do mundo", explicou, enquanto se desdobrava a ultimar os pormenores finais e ia guiando a comunicação social pelos mil metros quadrados do espaço. O responsável garantiu que há um "relação de diálogo profundo" entre a galeria e a qualidade das obras expostas, Francisco Claude disse ainda que a iniciativa não pretende contar os 500 anos de História da Madeira, mas garantiu que "traduz através de obras arte as vivências das épocas a que se reportam", ou seja, "um circuito cronológico que vai do séc. XV até aos anos 30 do séc. XX.


DN Madeira

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