Presença na região de um rebocador faz suspeitar de operação de salvamento
Data: 27-11-2009
O mistério do navio 'Newhope', o cargueiro de bandeira do Togo que desde 9 de Novembro paira a 12 milhas do Funchal, adensa-se. Isto porque o navio continua sem deixar os nossos mares, evocando falta de combustível e víveres, situação que as autoridades consideram estranha para um navio que viajava entre o Brasil e a Índia.
Durante as últimas três semanas o navio tem vindo a pedir autorização para fundear, pretendendo ser abastecido ao largo, pretensão que a Autoridade Marítima não autoriza já que existe uma informação de que os certificados do navio estão caducados e que o 'Newhope' integra uma lista de navios de 'bandeira negra', que se constituem uma ameaça para a segurança e ambiente.
Novidade é a presença na Madeira de um representante do armador, que nos últimos dias tem vindo a procurar sensibilizar as autoridades regionais para que encontrem uma solução que passe pelo abastecimento ao largo, sem que o navio venha ao porto e seja submetido a uma inspecção.
A forma como o armador e a tripulação do navio tentam evitar a entrada no Porto do Funchal mostra que existe o receio do navio não estar conforme, pois a Capitania do Porto do Funchal admite a possibilidade de prestar o auxílio pretendido, desde que o navio atraque na Pontinha. Mas o armador não quer e como tal o navio continua a 12 milhas do Funchal, sem condições de prosseguir viagem.
A presença na Madeira do rebocador de alto mar 'Fairmount Summi' veio adensar o mistério. Porque existe a suspeita que a sua presença nos nossos mares, durante cinco dias e sem porto de destino, pode estar ligada à situação do 'Newhope'.
Com falta de água, óleo e combustível para colocar os geradores e outro equipamento de apoio à 'máquina' a funcionar, o comandante do barco togolês poderá pedir auxílio e com isso desencadear uma operação de salvação marítima, suspeita que justificaria a presença deste rebocador de bandeira holandesa.
Construído e lançado à água em Outubro de 2005 no estaleiro nipónico de Niigata, o 'Fairmount Summi' tem 75,5 metros de comprimento, 18 de boca (largura) e uma arqueação bruta de 971 toneladas, garantindo uma força de tracção de 250 toneladas.
Com custos operacionais elevados, até porque este rebocador concluiu recentemente o reboque de um navio da Fronape International Company - o Nordic Brasília - desde o Brasil à Europa, numa viagem de 20 dias, a presença nas nossas águas do 'Fairmount Summi' pode estar ligada à situação do 'Newhope'.
DN Madeira
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