Relatório da Direcção-Geral de Saúde divulgado esta semana
Um relatório da Direcção-Geral de Saúde, divulgado esta semana, coloca a Madeira na frente das regiões com a taxa de mortalidade mais baixa. Entre 2007 e 2008, o número de óbitos infantis desceu mais de 300 por cento. O presidente do Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais considera este resultado muito bom e adianta algumas das razões que poderão ter contribuído para isso.
A Direcção-Geral de Saúde acaba de divulgar um relatório sobre a “Natalidade, Mortalidade Infantil, Fetal e Perinatal 2004-2008”, onde a Madeira aparece em grande destaque, precisamente, por ser a região do país onde o número de óbitos infantis baixou substancialmente, sobretudo quando comparados os resultados de 2007 com os do ano passado.
De acordo com os dados da Direcção-Geral de Saúde, a tendência nacional dos “óbitos infantis por residência das mães” é para uma descida acima dos três pontos percentuais, enquanto que, na Madeira, ao passar dos 13 casos em 2007 para os três ocorridos no ano passado, faz com que na Região se tenha verificado uma descida superior a 300 por cento.
Essa descida vai traduzir-se também num taxa de mortalidade infantil muito inferior à verificada no restante território nacional. Pois, na Madeira, a taxa é de 1,1 por cada mil nados-vivos, enquanto que, no continente, ela é de 3,3 e nos Açores é de 4,6 por cada mil nados-vivos.
Os dados referentes ao ano passado, são, de resto, um valor excepcional, se comparamos com a evolução dos dados referentes aos “óbitos infantis por residência das mães” nos últimos cinco anos. Entre 2004 e 2007, os valores têm oscilado entre os 10 e os 13 óbitos.
O presidente do Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais (IASAÚDE) considera que a taxa mortalidade registada em 2008 na Região é muito positiva. Maurício Melim recorda, no entanto, que este é um indicador que sofre muitas flutuações.
Para Maurício Melim, entre as razões possíveis para esta descida, está a queda da taxa mortalidade ao nível do neonatal (crianças que morrem com menos de 28 dias), que era de 2,6 e passou para, no último ano, 0,4.
Outros aspectos que, segundo o presidente do IASAÚDE, terão contribuído para que esta taxa tenha baixado foram, por um lado, um melhor diagnóstico pré-natal, mas também porque a capacidade de intervenção precoce também melhorou, assim como «acreditamos que possa ter havido uma maior procura precoce dos cuidados de saúde, neste caso saúde materna, ou seja, as mães procuram, cada vez mais cedo, os cuidados de saúde».
Madeira regista taxa baixa (6,3%) de prematuros
Em matéria de nascimentos prematuros, a Região também apresenta números que, em termos comparativos com o todo nacional, expressam um cenário mais favorável, com taxas na ordem dos 6,3% contra os 10% no País.
Em 2007, dos 2549 nascimentos, 160 foram prematuros, 71 foram assistidos na unidade de cuidados intensivos (19 tinham menos de 1500 gramas). No ano seguinte, 2008, registaram-se 2560 nascimentos, 163 prematuros, 74assistidos na unidadede cuidados intensivos, 26 com menos de 1400 gramas.
Em 2009, no primeiro semestre, já ocorreram 33 nascimentos prematuros.
Jornal da Madeira
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