A TAP e a SATA aumentaram a quota de mercado no Aeroporto da Madeira. De 51,6% passaram para 53%. No entanto, a easyjet, que perdeu mercado no Reino Unido, foi a transportadora que mais cresceu com quase 80 por cento.
TAP e SATA Internacional, que ainda acusam os efeitos da entrada da easyJet nas ligações entre a Madeira e Lisboa em finais de Outubro de 2008, no mês de Julho voltaram a ter o domínio do aeroporto madeirense, tendo sido as transportadoras de 53% dos passageiros embarcados e desembarcados, quando há um ano representavam 51,6%.
Segundo a análise da Presstur, esta evolução deve-se por inteiro à companhia açoriana, que em Julho foi a segunda companhia que mais cresceu na Madeira, tendo um aumento do número de passageiros em 24,6% ou cerca de 5,1 mil, para 26,35 mil, o que equivale a 12,3% do total do aeroporto, quando no ano passado representava 9,5%.
A “contribuição” da TAP foi um decréscimo do número de passageiros em Julho menos acentuado que nos meses anteriores, tendo passado de uma queda média em 9,2% no primeiro semestre para -6% ou cerca de 5,6 mil (que é a queda mais forte do mês em valor absoluto), para 87,6 mil.
A TAP representou assim em Julho 40,8% do total de passageiros no mês, menos 1,27 pontos que no mês homólogo de 2008, mas mais 6,05 pontos do que a média do primeiro semestre (34,72%, menos 1,27 pontos que no primeiro semestre de 2008).
A progressão da quota de mercado das portuguesas TAP e SATA teve adicionalmente uma atenuação do efeito easyJet que no primeiro semestre teve um aumento médio do número de passageiros em 86,6% e no passado mês de Julho, mantendo-se como a companhia que mais cresce, o fez de forma mais moderada, em 48,3% ou cerca de 9,3 mil, para 28,56 mil.
A easyJet representou assim 13,3% do total de passageiros no Aeroporto da Madeira no mês de Julho, quando há um ano representava 8,7%, mas aquém dos 13,75% que teve em média no primeiro semestre (6,9% nos primeiros seis meses de 2008).
A atenuação do crescimento da easyJet em Julho está centrada na evolução das rotas internacionais que tem de e para a Madeira, designadamente Bristol e Londres – Stansted, nas quais é a única operadora aérea, a primeira com uma queda de 40,7% ou cerca de 3,4 mil passageiros, para cino mil, e a segunda com um decréscimo em 31,3% ou cerca de 1,6 mil, para 3,58 mil.
Em todo o caso, os dados apontam para ser a rota de Lisboa que alimenta o crescimento da easyJet na Madeira, e que a sua progressão nessa rota não se faz apenas por conquista de mercado à TAP e SATA, mas pelo próprio crescimento da rota, que em Julho registou um aumento em 22,5% ou cerca de 16,26 mil passageiros, para 88,68 mil.
Nos sete meses de Janeiro a Julho, em que o tráfego de passageiros no Funchal baixa 5,5% ou cerca de 78,85 mil, a TAP tem a queda mais forte em valor absoluto, em cerca de 46,1 mil passageiros ou 8,6%, para 487,8 mil.
A easyJet, apesar das rotas Bristol, Londres Stansted e Londres Gatwick registarem quedas, respectivamente, em 34,7% ou cerca de 12,1 mil, para 22,74 mil, 39,3% ou cerca de 21,4 mil, para 22 mil, e em 28,3% ou cerca de 33 mil, para 83,4 mil, é a companhia que mas cresce na Madeira nos primeiros sete meses, tendo um aumento de 79,5% ou quase 83 mil passageiros, para 187 mil.
Jornal da Madeira
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