Mais um ponto para “verde-rubros” de novo fora de casa
Muito equilíbrio traduzido no resultado
A tarde quente marcou o ritmo do jogo na primeira parte, com muita lentidão nos processos de ambas as equipas. Os dois treinadores fizeram algumas alterações em relação às equipas que têm apresentado nos primeiros jogos da Liga, com Carlos Carvalhal a apostar em Alonso como médio interior pela esquerda, fazendo Luís Olim a lateral-esquerda da defesa e Miguelito mais no meio-campo atacante mas com mais liberdade de movimentos. A União de Leiria apostou num esquema com três defesas-centrais e muita gente no meio campo. Com estas configurações, o Marítimo foi a equipa que controlou mais a posse de bola, com percentagem acima dos 60 por cento, mas nem por isso com grande eficácia no último terço do terreno. Ainda assim, aos 13 minutos, Baba e Kanu criaram uma boa possibilidade de golo, com Kanu a atirar ao lado em última instância. A formação da casa não era capaz de agarrar no jogo, mas num lance fortuito, aos 21 minutos, Panandetiguiri, num centro/remate atirou à trave de Peçanha, naquela que foi a primeira clara oportunidade de golo da tarde. Respondeu o Marítimo, com mais posse de bola, fazendo os jogadores leirienses correr muito atrás da bola sem a conseguir recuperar. Mas continuava a faltar mais decisão na hora de criar situações de golo perante uma bem organizada defesa da União de Leiria. Aos 25 minutos, numa rara jogada rápida, Marcinho serviu Kanu que viu Bruno Miguel e Djuricic “in extremis” tirarem uma bola que se encaminhava para golo. Até ao intervalo, a equipa madeirense controlou totalmente o jogo, mas as tentativas de criar perigo só surgiram de remates de meia-distância, mas não passaram mesmo de tentativas. E foi novamente a União de Leiria a ter uma oportunidade para marcar através de Bruno Miguel, que cabeceou solto na pequena-área na sequência de um canto da esquerda. Mesmo em cima do apito para o intervalo, foi outra vez Kanu que se desmarcou bem em diagonal, tendo rematado cruzado pouco ao lado.
Na segunda parte, a equipa da casa melhorou de rendimento, passou a ter mais iniciativa e logo nos primeiros minutos abanou o jogo com um remate de Carlão e um queda na área de André Santos que o árbitro entendeu ser simulação de falta. O Marítimo reconheceu o perigo e Carvalhal mexeu, fazendo entrar Djalma, conferindo outra amplitude atacante à equipa. Logo no primeiro remate, o atacante criou perigo com um remate de fora da área. Mas foi a União de Leiria que teve a melhor oportunidade do jogo, por Cássio, aos 65 minutos. Hugo Gomes cruzou da direita e o avançado na cara de Peçanha atirou ao lado. Volvidos três minutos, respondeu o Marítimo com um remate de Babáque Djuricic defendeu com dificuldade. Até final qualquer uma das equipas podia ter desfeito o nulo no marcador, mas a indolência do calor e a falta de ideias contribuíram para o desfecho sem golos que dá um ponto a cada equipa de uma forma que se aceita.
Jornal da Madeira
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