No Aeroporto da Madeira não houve ontem grandes interferências nos voos
Greve foi desconvocada
Os sindicatos que representam o pessoal de terra dos aeroportos portugueses assinaram ontem, ao fim da tarde, um protocolo com a administração da TAP que permitiu o levantamento imediato da greve dos trabalhadores da Groundforce, informou fonte da empresa.
O porta-voz da transportadora aérea, António Monteiro, disse à Lusa que os sindicatos e a empresa tinham tido uma reunião de mais de três horas, que terminou com a assinatura de um protocolo que levou à desconvocação da paralisação que ontem tinha começado e iria prolongar-se até hoje.
Os trabalhadores de assistência em terra aos passageiros (handling) tinham iniciado ontem uma greve de dois dias, após uma reunião de cinco horas quinta-feira entre a TAP e os sindicatos que foi infrutífera. Ontem, no final de uma reunião de mais de quatro horas, sindicatos e empresa assinaram um protocolo que tranquilizou os representantes dos trabalhadores quanto à manutenção dos postos de trabalho e que levou à desconvocação imediata da greve dos trabalhadores da Groundforce.
Greve não afectou voos para a Madeira
Todavia, a greve de ontem não teve grandes interferências nos voos para e à partida da Madeira. De manhã, chegaram a haver um ou dois atrasos pontuais, mas não se registou qualquer cancelamento, quer de aviões da própria companhia de bandeira nacional, quer de outras que são assistidas pela Groundforece.
Como se pode ver na imagem publicada, tudo correu bem sobre carris, que é como quem diz, sobre tapetes rolantes.
No tocante ao todo nacional, ao longo do primeiro dia de greve a TAP chegou a admitir instaurar processos disciplinares aos trabalhadores escalados que não cumprissem os serviços mínimos, adiantando ainda que a adesão global à greve pelos trabalhadores de terra rondou os 30 por cento nos cinco aeroportos.
À Agência Lusa, o porta-voz da TAP, António Monteiro, explicou que os sindicatos tinham de indicar os trabalhadores que iriam estar escalados para cumprir os serviços mínimos durante os dois dias de greve e não o fizeram, tendo a Groundforce indicado quem seriam os trabalhadores escalados. Com "habilidades" junto dos sindicatos, muitos destes trabalhadores não apareceram, acrescentou.
A transportadora considerou esta atitude "gravíssima" e admitiu instaurar processos disciplinares a alguns dos trabalhadores.
Os números da greve são bastante diferentes entre TAP e sindicatos, com a transportadora a apontar para uma adesão de 30 por cento a nível global nos cinco aeroportos, enquanto os sindicatos garantiam que 70 por cento dos trabalhadores tinham aderido à greve de ontem.
Jornal da Madeira
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