sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Nova unidade vai surgir no Hospital Central (Funchal)

Director clínico diz que tudo poderá estar operacional até ao início do próximo ano







O Hospital Central do Funchal deverá passar a contar, dentro de pouco tempo, com uma unidade maxilo-facial, um serviço que existe apenas nos hospitais centrais do país. Miguel Ferreira, director clínico do Serviço Regional de Saúde da Região Autónoma do Madeira (SESARAM), diz que com a admissão de profissionais e a aquisição de equipamentos, é possível que, a médio prazo, o serviço esteja operacional.
Miguel Ferreira, que falava após uma reunião que juntou também, na mesma mesa, o presidente da delegação regional da Madeira da Ordem dos Médicos Dentistas, e o presidente do conselho de administração do SESARAM, disse que «a partir de Janeiro foram propostas duas vagas de maxilo-facial, em que um vai fazer formação em Lisboa e, outro, em Coimbra e que, quando terminarem a sua formação, ao fim do internato complementar, vão regressar à Região e formar essa unidade».
Na oportunidade, Miguel Ferreira disse também que, neste momento, não estão a ser abertas vagas para estomatologia, dado que não há equivalências com os restantes hospitais. Esse lugares, conforme referiu, quando surgirem, serão preenchidos por médicos dentistas.
Para já, o director clínico do SESARAM diz que está a ser estudado um protocolo com a delegação regional da Madeira da Ordem dos Médicos Dentistas, «que vai permitir uma assistência destes profissionais de saúde no âmbito das urgências que acorrem ao SESARAM».
Além destas questões, foi também abordada a necessidade de aquisição de novos equipamentos para a entrada em funcionamento desta unidade de maxilo-facial, nomeadamente, ao nível do bloco operatório. O processo, tal como referiu, deverá durar cerca de dois a três meses.
Já noutro domínio, Miguel Ferreira disse que foi também abordada a possibilidade de alargamento ao nível dos cuidados primários. Conforme referiu, neste momento, já está a funcionar no Centro de Saúde do Bom Jesus, o qual deverá ser alvo de intervenção, por forma a melhorar a sua capacidade técnica instalada, mas também alargar a outros centros de saúde, como o de Machico.

Algumas intervenções passam a ser feitas na Região

O presidente da delegação regional da Madeira da Ordem dos Médicos Dentistas considera também essencial a abertura de uma unidade maxilo-facial. Tal como afirmou Gil Alves, «é importantíssimo porque, de facto, a Região Autónoma da Madeira não tinha essa unidade. E, mesmo os casos em que existe necessidade dos colegas, que trabalham na privada, de complementarem com cirurgias na área da maxio-facial, tinham de ser todos transferidos para o continente».
De acordo com Gil Alves, «a partir do momento em que essa unidade existir aqui na Madeira, é possível fazer uma situação de intercâmbio, que não é vocacionada para a parte pública, mas que poderá haver uma situação de interacção com a medicina privada. Como os casos, por exemplo, de tratamentos ortodônticos, ou seja, tratamentos dentários de correcções, mas envolvendo problemas esqueléticos, em que era necessário fazer correcção esquelética, essa correcção não era possível fazer aqui na Madeira. Nesse casos, o doente iniciava uma fase do tratamento de correcção dentária. Mas, depois, a parte complementar de correcção esquelética, tinha de ser enviada para o continente. E, portanto, é uma situação que se justifica perfeitamente para que se possa dar resposta a esses casos e que não são tão poucos como se possa imaginar».

Ordem e SESARAM estão em sintonia


Na oportunidade, Gil Alves aproveitou ainda para dizer que a Ordem dos Médicos Dentistas «já há uns anos a esta parte que tem vindo a alertar a esta necessidade de poder dar resposta aos casos de traumatologia oral que vinham ter à urgência hospitalar. Da parte do conselho de administração do SESARAM e da Direcção Clínica, foi constatado que haveria que fazer algo mais além daquilo que foi possível, até agora, oferecer aos utentes».
Nesse sentido, Gil Alves afirmou ainda que estes encontros de trabalho têm servido para definir os termos em que essa prestação será feita, havendo, de parte a parte, uma abertura necessária para que seja encontrado o entendimento e para que ele seja posto em prática o mais rápido possível.


Jornal da Madeira

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