quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Câmara aprova alteração ao comboio



Projecto deverá avançar no próximo mandato da Câmara do Funchal
Data: 19-08-2009

A Câmara Municipal do Funchal aprovou, na última reunião do mês de Julho, a alteração ao projecto para a construção e exploração do comboio do Monte.

De acordo com o vice-presidente da autarquia, Bruno Pereira, a alteração prende-se com a estação de chegada ao Terreiro da Luta. O projecto adjudicado, em Setembro de 2005, previa a construção de um edifício de raiz. Porém, a compra da Quinta do Terreiro da Luta, pelo concessionário que ganhou a obra - o mesmo do teleférico do Funchal-, possibilita a 'recuperação' da antiga estação, no mesmo local onde os passageiros do antigo comboio, que funcionou de 1893 a 1943, entre o Pombal e o Terreiro da Luta.

Apesar da demora na concretização do projecto, cuja conclusão da linha chegou estar prevista, inicialmente, para os finais de 2006, Bruno Pereira está convicto de que a nova vereação, que será constituída após as eleições de 11 de Outubro, estará em condições de avançar com este projecto.

No entanto, a alteração implica que o projecto seja submetido novamente ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT).

Segundo Bruno Pereira, trata-se de um investimento que representa "uma mais valia" para a zona do Monte e que vem complementar outros atractivos da freguesia, entre elas as suas muitas quintas. De igual modo, o vice-presidente sublinhou a importância do Monte do ponto de vista turístico.

O projecto do comboio tem por objectivo a realização de uma réplica do antigo comboio, recuperando o percurso entre o centro do Monte e o Terreiro da Luta, o qual funcionou entre 1912 e 1943. Foi o último troço a ser construído da antiga linha.

A linha a construir com através do novo projecto terá cerca 1.300 metros, havendo a intenção de ser utilizado um equipamento tipo funicular com capacidade para transportar 60 pessoas, 43 sentadas e 17 em pé.

O projecto de recuperação inclui também o edifício da antiga estação do Largo da Fonte. Ali, tal como na estação do Terreiro da Luta, a ideia é respeitar as características da época em que o comboio estava em funcionamento, não só ao nível da arquitectura como também da decoração, da sinalética e do fardamento dos funcionários.

Trata-se de um projecto de cariz essencialmente privado, apesar do envolvimento da autarquia, a qual tem como únicos encargos os processos de expropriação. Todo o restante investimento fica a cargo do consórcio da 'Teleféricos da Madeira'.


DN Madeira

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