sábado, 14 de novembro de 2009

Pestana estuda abertura de dois hotéis na Venezuela

Governo de Caracas convidou grupo madeirense para analisar duas propostas







(luigi Valle e Maria Auxiliadora Belisário)


O Governo da Venezuela convidou o Grupo Pestana a candidatar-se à gestão de dois hotéis no Estado Vargas. Trata-se de duas unidades que estavam classificadas com cinco estrelas e que se encontram fechadas desde o final de 1999, aquando das trágicas inundações que abalaram a costa litoral caribenha.

Maria Auxiliadora Belisário, vice-ministra do Poder Popular para o Turismo, disse ao DIÁRIO que o Governo Bolivariano da Venezuela assinou no final de Outubro um protocolo com o Governo Federal do Brasil, que prevê a recuperação de duas unidades hoteleiras que até 1999 foram exploradas pelas cadeias hoteleiras internacionais Sheraton e Meliá, num total de 850 quartos.

A vice-ministra venezuelana que falou ao nosso jornal no Rio de Janeiro durante a Feira das Américas, destacou o grande prestígio da cadeia portuguesa Pestana e a qualidade das suas unidades hoteleiras, já reconhecida pelo próprio governo de Caracas. Em Abril de 2008 o grupo madeirense abriu um hotel na capital venezuelana (ver artigo ao lado nesta página).

Os acordos para reabilitação dos hotéis Guaicamacuto (ex-Meliá Caribe) e Gran Caribe (ex-Sheraton Macuto) foram assinados no final de Outubro em Caracas, na sétima reunião presidencial entre Hugo Chávez e Lula da Silva. Integram-se num pacote mais vasto de cooperação na área turística que além da reabilitação de unidades existentes e que hoje são geridas pela Venetur (Venezolana de Turismo) prevê ainda o desenvolvimento de projectos no sector dos transportes e na formação e capacitação turística da mão-de-obra venezuelana.

No caso concreto das infra-estruturas o governo brasileiro, através do Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES), concedeu um empréstimo à Venezuela no valor de 860 milhões de bolívares fortes (cerca de 270 milhões de euros), tendo sido já adjudicada à empresa brasileira OAS, Ltda. o projecto de recuperação desses hotéis e que inclui a modernização e redesenho de diversas áreas públicas e reformulação dos edifícios de acordo com novos projectos de decoração, bem como um estudo da acessibilidade próxima das unidades. Depois de conversações com as entidades brasileiras, nomeadamente com o Ministro do Turismo, Maria Belisário confessou ao DIÁRIO que o Grupo Pestana seria o parceiro ideal do Governo venezuelano para os dois hotéis do Estado Vargas, em cuja recuperação o governo de Chávez está empenhado.

Por isso mesmo, Luigi Valle, presidente do Grupo Pestana na América do Sul seguiu ontem para Caracas, onde deverá visitar os dois hotéis e ter conversações com entidades governamentais venezuelanas. Contactado pelo DIÁRIO Luigi Valle pouco adiantou, além de que o grupo tinha recebido o convite de Maria Belisário. Sabemos contudo que a proposta foi bem acolhida no seio do maior grupo hoteleiro português e que perante os resultados que tem obtido com a primeira unidade em Caracas, há disponibilidade para negociar, admitindo-se como mais interessante um contrato de gestão por um determinado período, ficando o Grupo Pestana a acompanhar as obras que irão ser desenvolvidas e que, em caso de acordo, terão já a colaboração e intervenção dos projectistas que normalmente trabalham com Dionísio Pestana.

A vice-ministra venezuelana considera que o governo do seu país está aberto a toda a iniciativa privada, em diversas áreas. Mas, nomeadamente na hotelaria e no turismo, Caracas verá sempre com bons olhos a chegada de investidores europeus, duma forma particular as cadeias portuguesas que são conhecidas pela sua qualidade, de equipamentos e de serviço.

DN Madeira


Macuto Sheraton




Meliá Caribe

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